"A lua triste
descamba", livro de Nei Lopes, será lido e debatido pelos integrantes
do Tomo Literário Clube de Leitores no dia 27 de novembro/2024 às 20horas, via
Google Meet.
Para fazer parte do clube, envie seu nome e número de WhatsApp, para clubedeleitorestomoliterario@gmail.com, que você será adicionado(a) no nosso grupo. A participação é gratuita.
A obra tem nova edição da Pallas. É um romance ficcional em que Nei Lopes conta um pouco da história do Rio de Janeiro e da batucada do samba, do rancho às escolas de samba.
Juvenal, mais conhecido como Nanal, representante legítimo da malandragem carioca dos anos de 1940, é o personagem que conta a história da sua vida, desenhada pela geografia do samba: do Estácio para Madureira, do Largo da Carioca para o Largo de Campinho, da Central a Osvaldo Cruz e para Fontinha.
O relato de Juvenal vai mesclando fatos históricos e personagens reais a outros assumidamente inventados. Nessa mistura, amor, jogo, disputas políticas, a Segunda Guerra, o comércio da música, e até mesmo a questão dos direitos autorais se entrecruzam, inclusive, também numa sequência de crimes misteriosos.
Nei Lopes é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRJ e doutor honoris causa pelas universidades UFRRJ, UFRGS, UERJ e UFRJ. Além de reconhecido como importante autor de música popular, desde a década de 1980 vem publicando uma vasta obra de estudos africanos, centrada em livros de referência, sendo autor também de ensaios, romances, coletâneas de contos e de poemas. Na Pallas, publicou o Dicionário literário afro-brasileiro (2007), o Dicionário da hinterlândia carioca (2012) e o romance A lua triste descamba, (1ª edição de 2012 e agora reeditado). Em 2020 publicou Ifá Lucumí: o resgate da tradição, sobre o importante sistema divinatório iorubano, hoje difundido, a partir de Cuba, por todas as Américas, até os Estados Unidos. Recuperados no Brasil no início dos anos 1990, depois de seis décadas ocultos, o sistema Ifá e sua religiosidade experimentam hoje um feliz renascimento.
“Naquele tempo, Piedade era a ‘cidade’ do subúrbio da Central. Tinha confeitaria, charutaria, farmácia; o Magazine Novo Século, que vendia de um tudo… Um comércio formidável! Tinha um cinema, o Jovial; o cine-teatro Piedade, que passava umas peças boas; e colégios, tinha o Ginásio Piedade e o Colégio Brasil. Ah! E tinha o clube Ríver, com um campo de futebol muito bom. E tinha as chácaras, lá em cima, no pé da Serra: Assis Carneiro, Silvio Capanema, Manuel Vitorino, Bertoldo Klinger, políticos, magnatas, tudo tinha chácara lá em cima. Piedade foi o primeiro subúrbio a ter luz elétrica, compreendeu?”
(trecho do livro A lua triste descamba , nova edição)
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