Memórias e correspondências retratam o Brasil da ditadura militar

 

Em Cartas de Paris, notícias do Brasil, Eduardo Muylaert costura vivências particulares e acontecimentos de relevância mundial, ocorridos principalmente no Brasil e na França, para relembrar um mundo em plena ebulição.

A obra faz uma imersão no contexto histórico e político da ditadura militar brasileira, cujo golpe completa 60 anos em 2024.

 

Muylaert compartilha memórias, relatos e correspondências escritas entre 1969 e 1972. Partindo da lembrança dos anos em que viveu em Paris, cidade que acolhia exilados latino-americanos e que, ainda naqueles anos, reverberava os resquícios do movimento de maio de 1968, o autor habilmente mescla eventos pessoais com acontecimentos de relevância mundial.

Os temas variam desde a guerra do Vietnã até a morte do ex-presidente francês Charles De Gaulle, a doença do general Costa e Silva, o sequestro do embaixador americano Charles Elbrick no Brasil, a morte de Carlos Marighella e o exílio de figuras icônicas do movimento tropicalista, como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Com sensível atenção aos detalhes, Muylaert contextualiza cada carta com relatos pessoais e históricos, resultando em um panorama vívido dos eventos que deixaram uma marca duradoura no curso país.

Agenda de Lançamento:

Flip — Festa Literária Internacional de Paraty | 24 de novembro (sexta-feira), às 18h
Eduardo Muylaert participa do debate Fragmentos familiares, ao lado do escritor Felipe Charbel, autor de Saia da frente do meu sol (Autêntica Contemporânea)
Mediação: Paulo Werneck
Local: Casa da Música (e da Literatura)
Endereço: R. Dona Geralda, 194 - Centro Histórico (espaço anexo da Casa da Cultura de Paraty)
 
São Paulo | 27 de novembro (segunda-feira), às 18h30
Lançamento e sessão de autógrafos
Local: Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 2232 - Piso Superior - Jardim Paulistano, SP

Eduardo Muylaert / Foto: Divulgação

Sobre o autor:

Eduardo Muylaert é escritor, fotógrafo e advogado formado pela Universidade de São Paulo. Em 1968, após a instituição do AI-5 no Brasil, mudou-se para Paris, onde concluiu sua pós-graduação na Universidade de Paris II. Foi professor da PUC-SP e secretário de Justiça e Segurança no governo Montoro. É autor de Direito no cotidiano: guia de sobrevivência na selva das leis (2020) e tem ensaios e contos publicados em As letras da lei (2013); 336 horas (2013); Ninguém humano: bestiário do coletivo literário (2014); e Grandes crimes (2017) e Brasil: o futuro que queremos (2018), tendo sido contemplado com o Prêmio Machado de Assis 2015 e o Prêmio Off Flip de Literatura 2014.