A poesia de João Gabriel em Vende-se um Elefante Triste

 

“Vende-se um elefante triste" é o segundo livro de poesias de João Gabriel. A obra, publicada pela Editora Produções Ó, reúne poemas inéditos, escritos antes e durante a pandemia, numa edição com projeto gráfico elegante, ilustrada pela artista Bia Pessoa.

 

Os versos falam da solidão, um lugar físico em que a falta se transforma em presença – “(...) e a falta sentida assim,/ caminhando ao meu lado,/ na beleza que o mundo empresta,/ é a presença que me resta” – e tangenciam outras questões profundas, caras ao nosso tempo e à nossa cultura.

 

“O fim dos caminhos tristes é a maravilhosa descoberta de que do chão, não passa”, diz o poeta.

Coro com amores que não
se sustentam,
com histórias fantasiosas,
dissimuladas
com essa fé rendida ao nada,
com o sonho quando não quer
tornar-se real, parar em pé.
Amo – e amo muito –
tudo aquelo que não é.

 

“Para se chegar ao mais fundo deste livro é preciso uma calma pura, é preciso ler aos poucos, um poema de cada vez, até sentir que confia neles e que há entre vocês uma conversa pessoal e concreta.”

Yara de Novaes, atriz e diretora teatral

 

“Este é um livro feito de voz (...). De uma certa voz que imediatamente reconhecemos e que, ao mesmo tempo, nos parece já se desfazer: nos ouvidos e na memória.”

Mayra Martins Redin, poeta e psicanalista

 

Sobre o Autor:

 

João Gabriel nasceu em 1989 na cidade de Belo Horizonte (MG). Foi premiado no 2º Concurso Travessia (2014) com “Monólogo de Horácio”, publicado mais tarde junto ao seu primeiro livro de poesias, “No meio da rua” (2015). Em 2012, alguns de seus poemas foram lidos em público pelo ator Murilo Rosa na Bienal do Livro de Minas, junto a textos de Caio Fernando Abreu e Nelson Rodrigues. 

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