Uma
visão diferente sobre a Proclamação da República
Muitos dos livros de História com os quais os
professores trabalham em salas de aula, principalmente nas primeiras fileiras
da educação básica e fundamental, costumam ser convergentes em vários pontos e
aspectos sobre feitos e vultos históricos. Mas a História, não sendo uma
ciência exata, muitas vezes não consegue retratar a realidade passada com a
devida imparcialidade ou exatidão dos fatos, gerando sobre um mesmo tema pontos
divergentes. À luz de novas descobertas e pesquisas, um dado histórico pode ser
revisto e recontado. Nesse sentido, não faltam nas prateleiras das livrarias
obras em que os repassados meandros da História recebem novas luzes e
esclarecimentos ou, quando não, novas interpretações a fatos já consagrados.
O escritor Aguinaldo Tadeu propõe algo nessa
linha com o seu livro A mulher que proclamou a República:
um romance histórico que busca trazer nova luz sobre esse momento determinante
de nossa História.
Em lançamento pela editora Penalux, o livro sugere
que a proclamação não foi feita pela convicção republicana do imponente
marechal Deodoro, mas, sim – vejam só – por dor de cotovelo e orgulho ferido de
um homem apaixonado. E por quem? Pela bela e misteriosa Baronesa do Triunfo.
Para Aguinaldo, a História do Brasil está
repleta de surpresas. “Os livros didáticos trazem apenas uma versão da História”,
afirma. “Meu livro pretende trazer uma nova visão sobre o evento da Proclamação
da República”. E comenta: “A mistura do público com o privado é recorrente na
política brasileira”.
Sustentado por ampla bibliografia, este livro
surpreende ao dar voz ao controverso marechal Deodoro, personagem principal do
enredo, trazendo uma visão alternativa desse acontecimento decisivo na História
do Brasil.
André Giusti, escritor e jornalista, escreveu
na orelha do livro que a paixão por uma mulher “é capaz de derrubar um monarca
e mudar a forma de governo e organização política de um país. Aguinaldo Tadeu,
neste romance, mistura ficção e realidade, atravessando os anos que antecederam
a queda de Dom Pedro II e chegando a um período curto e posterior ao 15 de
novembro de 1889. Usando sem parcimônia a força do diálogo, o autor mescla a
história do Brasil com a hipotética vida privada de um de seus maiores vultos.
No livro, Deodoro da Fonseca abre o coração para Alcides, um serviçal que
conquista a confiança do primeiro presidente do país. E nessas confidências, o
leitor descobrirá que o homem apaixonado e tomado de ciúmes, citado logo na
primeira linha, é ninguém menos que o próprio Deodoro. Mas há mais surpresas
nas longas conversas reveladoras”.
Em busca dessas surpresas, cabe agora aos
leitores mergulhar nessa aventura histórica. O livro pode ser adquirido
diretamente pela livraria da editora.
Confira
um trecho:
Velho e doente, após deixar a Presidência da
República, o marechal Deodoro da Fonseca, recolhido em sua casa, resolve contar
os segredos de sua vida ao seu ambicioso secretário particular, Alcides. Entre
essas histórias, está o verdadeiro motivo de ter proclamado a República, mesmo
sendo um fervoroso monarquista, fiel e grato ao imperador. Durante essas
conversas, o livro apresenta um Deodoro irônico, amargurado, apaixonado,
explosivo e sincero, longe do mítico personagem dos livros didáticos, que passa
a limpo o Brasil de seu tempo, mostrando a sua visão sobre figuras como Dom
Pedro II, a princesa Isabel, Benjamin Constant, Visconde de Ouro Preto.
Personagem importante na Monarquia e na República, Deodoro rasga seu coração
sem meias palavras e nos conta suas vitórias, derrotas, casos de amor e
decepções. Do outro lado da mesa de centro de seu gabinete, Alcides, seu
secretário, que serviu tanto ao imperador quanto ao primeiro presidente, também
tem seus segredos para contar.
Serviços:
A mulher que proclamou a República, Aguinaldo
Tadeu – romance (332 p.), Penalux, 2020.
Link para compra:
Aguinaldo Tadeu | Foto: Divulgação |
Sobre o
autor:
Aguinaldo Tadeu nasceu em Belo Horizonte,
morou em diversas cidades e, atualmente, anda meio perdido pelas tesourinhas de
Brasília. É formado em História e autor de outros seis livros, passando por
contos, romance, literatura infantil e poesias. Entre eles, está O dono do
rádio, contos, Giostri Editora, 2011, vencedor da Bolsa de Criação Literária da
Funarte. Gosta de contar e ouvir casos, os reais e os imaginários, tomando um
café de rapadura à beira de um fogão à lenha. Acredita nas coisas mais simples
da vida e vive com a cabeça nas nuvens.
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