Publicado
em 1981, o livro do escritor norte-americano Dean Koontz ganhou as mídias do
mundo por apresentar fatos que coincidem com a atual realidade e pelo avanço
das Fake News criadas a partir da obra
Em meio à pandemia do novo coronavírus,
muitos têm relacionado o atual momento em que vivemos com a obra ficcional Os olhos da Escuridão, escrita
em 1981 pelo romancista
americano Dean Koontz, e publicado aqui no
Brasil pela Citadel Editora.
No livro,
o autor descreve uma arma biológica viral e altamente letal, que causa graves
problemas respiratórios e mata em até 24 horas. Chamado de Wuhan-400, o
micro-organismo foi desenvolvido pelo cientista Li Chen em um laboratório
secreto nas proximidades de Wuhan, na China.
Curiosamente,
essa é a mesma cidade que apresentou os primeiros casos reais da COVID-19,
tornando-se o epicentro da doença. Outro fato que coincide com a realidade, é o
cientista chinês Li Chen levar o mesmo nome de um pesquisador real que publicou
estudos sobre classes de coronavírus em 2018, na revista
especializada Emerging Microbes & Infections.
E é nesse
cenário perturbador e realista que se passa a história de Tina Evans, uma mãe
em busca de aceitação pela morte de seu filho, que faleceu em um acampamento de
férias, onde todos presentes no local também tiveram o mesmo fim trágico: uma
morte misteriosa.
Envolvida
em um emocionante suspense, Tina começa a receber sinais que indicam que seu
pequeno Danny possa estar vivo. Tomada por uma obsessão que a levará até a
verdade por trás do que realmente aconteceu, ela encontrará segredos mortais
sobre o vírus Wuhan-400 que podem estar relacionados ao seu filho.
“— Para entender isso, você precisa voltar vinte meses no tempo
— Dombey falou. — Foi mais ou menos nessa época que um cientista
chinês chamado Li Chen veio para os Estados Unidos, trazendo com ele um disco
com o registro da mais importante e perigosa nova arma biológica da década
feita pela China. Eles chamam essa coisa de ‘Wuhan-400’ porque ela foi
desenvolvida nos laboratórios de rDNA na periferia da cidade de
Wuhan, e essa foi a quadringentésima cepa viável de micro-organismos criados
pelo homem nesse centro de pesquisa.” (P. 254)
Numa
suposta previsão dos acontecimentos que seguiram a humanidade com a COVID-19,
os fatos narrados em Os olhos da Escuridão, levaram alguns
internautas a criarem incontáveis Fake News. Com uma escrita comovente e
intrigante, a obra não deixa ser um convite para os fãs desse gênero que
desejam refletir sobre a pandemia do novo coronavírus que assola
milhões de pessoas ao redor do mundo.
Vale
lembrar, que as semelhanças do Wuhan-400 e da COVID-19 são poucas, já que o
autor descreve o vírus como altamente infeccioso e tem manifestação em até 4
horas, levando o infectado a óbito imediato. Por outro lado, o
novo coronavírus apresenta um ciclo de infecção diferente, podendo
manifestar a doença de 5 a 14 dias após o contágio. Além
disso, a taxa de mortalidade da COVID-19 é de aproximadamente 3% para pessoas
mais jovens e de até 15% para idosos, já o vírus da ficção, Wuhan-400, é 100%
letal para qualquer um.
Nota do editor Marciel Conte Jr:
Importante ressaltar que o quando o livro foi
lançado em 1981, o nome do vírus era outro, ele chamava: Gorki-400. Logo após o
final da Guerra Fria entre Estados Unidos e a ex-União Soviética o autor
decidiu alterar o nome do vírus para Wuhan-400, mas isso ainda foi no final da
década de 80, e não alterado agora como alguns noticiaram. Veja abaixo o que é
verdade e o que é boato em torno do livro.
Entenda sobre as polêmicas e curiosidades em torno da obra.
O que é #FakeNews e o que é #Fato?
De acordo
com o jornal Correio Braziliense, na
primeira edição do livro, lançado em meio a Guerra Fria entre Estados
Unidos e a ex-União Soviética, o nome do vírus era Gorki-400,
porque teria sido criado pelos Russos. Porém, após o fim da Guerra, o autor
realmente mudou o nome do vírus ficcional para Wuhan-400,
mas o novo título foi apenas uma incrível coincidência com a cidade que iniciou
o surto da COVID-19.
Outro
ponto importante é que o livro não faz nenhuma menção que, em 2020, haveria um
surto de doenças respiratórias, como uma pneumonia, que se espalharia pelo
mundo. Segundo o G1, as
páginas que circulam pela internet contendo esses dizeres, trata-se de um
trecho retirado de “End of Days: Predictions and prophecies about the end of th e world”,
de Sylvia Browne, publicado em 2008.
Também,
como foi esclarecido pela CNN e
pela Folha de S.Paulo, o
vírus ficcional do livro foi criado em laboratório para dizimar a população, já
na realidade nada comprova que o novo coronavírus seja uma arma
biológica feita por algum governo.
Para os fãs de Dean Koontz,
a Citadel Editora também revela que em breve chegarão outros
livros do autor no Brasil, entre eles Demon
Seeds; Life expectancy; Watchers e The hus band.
Ficha
Técnica
Título: Os olhos da Escuridão
Título original: The Eyes of Darkness
Autor: Dean Koontz
Editora: Citadel
Edição: 1ª edição: Abril 2020
Páginas: 272 páginas
ISBN: 978-65-5047-038-8 (físico) / 978-65-5047-039-5 (e-book)
Título: Os olhos da Escuridão
Título original: The Eyes of Darkness
Autor: Dean Koontz
Editora: Citadel
Edição: 1ª edição: Abril 2020
Páginas: 272 páginas
ISBN: 978-65-5047-038-8 (físico) / 978-65-5047-039-5 (e-book)
Links de venda:
Dean Koontz | Foto: Divulgação |
Sinopse do livro:
Um ano se passou
desde a morte do pequeno Danny. Um ano desde que sua mãe iniciou o doloroso
processo de aceitação. Mas Tina Evans poderia jurar que acabou de vê-lo dentro
do carro de um estranho. Na última perturbadora noite sonhou com seu filho. Ao
acordar, foi até o quarto de Danny e para sua surpresa lá estava uma mensagem.
Três palavras perturbadoras rabiscaram no quadro-negro: NÃO ESTÁ
MORTO.
Foi a piada
sombria de alguém? Sua mente pregando peças nela? Ou algo ... mais? Para Tina
Evans, era um mistério que ela não podia escapar. Uma obsessão que a levará até
as últimas consequências atrás da verdade por trás da morte de seu filho. Um
terrível segredo que não foi visto por ninguém, apenas pelos Olhos da
escuridão.
Sobre o autor:
Dean Koontz,
autor de vários best-sellers de ficção nos Estados Unidos, vive no sul da
Califórnia com sua esposa, Gerda, sua golden retriever, Elsa, e
os espíritos de seus pets, Trixie e Anna.
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