[Entrevista] Vinícius Fernandes

Vinícius Fernandes é autor dos livros Graham e Caminho Longo. O escritor tem presença confirmada na Bienal do Rio de Janeiro. Em entrevista ao Tomo Literário ele fala sobre seus livros, sobre inspiração para escrever, sobre a abordagem de personagens LGBT's em suas obras, além de nos contar que livro está lendo atualmente, suas obras preferidas e novos projetos.

Tomo Literário: Como foi a sua entrada no meio literário?

Vinícius Fernandes: Foi em 2014, com a publicação da primeira edição de "Graham" por outra editora. Não foi o primeiro livro que escrevi, mas foi o primeiro que publiquei. Agora, em 2019, o livro volta com uma edição nova, capa dura, ilustrações e a adição de um final alternativo.

Tomo Literário: Você relançou recentemente o livro Graham: O Continente Lemúria. Como surgiu a ideia desse livro?

Vinícius Fernandes: Tive a ideia para escrever o livro enquanto eu estava numa viagem de trabalho nos Estados Unidos. Foi conversando com um colega ilustrador de lá que surgiu a ideia de criar um caçador de vampiros que se envolvia, por acaso, com um lobisomem.

Tomo Literário: Outro livro seu lançando pela PenDragon é Caminho Longo, cujo protagonista supera obstáculos pra encontrar seu lugar no mundo por ser homossexual. Como foi a criação dessa obra?

Vinícius Fernandes: Criar Caminho Longo foi um trabalho árduo, pois Bruno é um personagem muito real e com os qual muitos leitores vão se identificar. Me inspirei na música Long Drive, do Jason Mraz. Foi enquanto ouvia essa música que uma das últimas cenas me veio à mente, e então a partir dela eu comecei a desenvolver as tramas e todos os personagens para chegar até ali.

Tomo Literário: Como você tem visto o mercado literário brasileiro? Tem tido mais abertura para livros que tratam de temáticas ou que tenham personagens LGBTs?

Vinícius Fernandes: Acho que o mercado literário brasileiro está bem diverso. Essa representatividade na literatura é muito importante, e é isso que quero trazer com os meus livros. Embora ainda seja um público muito restrito, creio que aos poucos vamos conseguindo conquistar espaço e mostrar que os LGBTs são pessoas reais e comuns como qualquer outra.

Tomo Literário: A diversidade é um dos motes da Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Seus livros dão voz e representatividade. Você estará no evento? Quais são suas expectativas?

Vinícius Fernandes: Sim. Estarei lá nos dias 6/9 (às 18:00), 7/9 (às 15h) e 8/9 (às 11h), no estande N77 da Editora PenDragon autografando os livros. A Bienal é sempre uma experiência maravilhosa, e estou bastante empolgado para rever os leitores cariocas e conhecer os novos.

Tomo Literário: De modo geral o que te move a escrever?

Vinícius Fernandes: Escrevo porque gosto muito de criar minhas histórias, mas principalmente porque acredito que a literatura é capaz de transformar, emocionar e divertir as pessoas. Gosto de juntar esses três elementos nos meus livros.

Tomo Literário: Quais são os escritores que você admira ou, que de alguma forma, influenciaram o seu trabalho como escritor?

Vinícius Fernandes: Admiro muito a trajetória do André Vianco e de uma autora que também é minha amiga: a Carolina Mancini.

Tomo Literário: Está lendo algum livro atualmente? Quais você recomendaria para os leitores?

Vinícius Fernandes: Estou lendo Lacrymosa, da Juliana Daglio, e estou amando cada página. O livro é maravilhoso. Recomendo os livros dela, assim como também recomendo o Nihil, da Carolina Mancini, que é um terror psicológico muito bem construído. Outro que eu gosto muito é "Bento", do André Vianco. É um dos meus favoritos.

Tomo Literário: Tem algum projeto novo vindo por aí? Pode nos contar um pouco?

Vinícius Fernandes: Tenho, mas a única coisa que posso falar por enquanto é que será com personagens LGBT.

Tomo Literário: Quer deixar algum comentário para os leitores?

Vinícius Fernandes: Quero agradecer a todos que estão comprando Graham e Caminho Longo na pré-venda, e a todos que me apoiaram até aqui! Sem essa pessoas, eu já teria deixado de escrever há muito tempo.