Livros que apresentam casos reais, inspiram a criação de filmes e séries, que
trazem ao leitor uma história verídica, digna das melhores produções de ficção,
são facilmente encontrados. Além disso, as obras de não ficção servem de
mecanismo para agregar conhecimento, análise de experiências e difundir
assuntos que precisam ser debatidos.
Veja as indicações de quatro obras publicadas
pelo Grupo Editorial Pensamento.
Infiltrado
na Klan, de Ron Stallworth
O livro Infiltrado na Klan, foi publicado no
Brasil pela Editora Seoman (Grupo Editorial Pensamento). Esse livro deu origem
ao filme de mesmo nome, que teve direção de Spike Lee, e concorreu ao Oscar.
Trata-se da história real do investigador de
polícia que resolveu se infiltrar na Klu Klux Klan, uma organização que promove
o racismo nos Estados Unidos. O que é mais admirável é que o investigador é
negro – o primeiro detetive negro do Departamento de Polícia de Colorado
Springs. Ele, portanto, utiliza-se da presença de outro investigador, branco,
que o representa nos momentos em que ele tem que aparecer para os líderes da
organização.
Tudo em início quando Ron se depara com um
anúncio no jornal local e ele responde a esse anúncio que convocava pessoas
para a KKK. Com a ajuda do outro policial ele ganha a confiança do dirigente local
da organização racista e tira sua carteira de afiliado.
A história é fantástica, tão fantástica, que
você chega a duvidar se realmente existiu.
Lute
Como Uma Garota, de Laura Barcella e Fernanda Lopes
A obra apresenta o perfil de sessenta
feministas que mudaram o mundo. A importância de um livro como esse está no
fato de que é preciso reforçar a batalha que as mulheres tem todos os dias. As
mulheres que estão elencadas no livro publicado pela Editora Cultrix, são
mulheres que foram à luta para tentar mudar o panorama da luta pelos direitos
da mulher.
São perfis de quarenta e cinco mulheres que
tem importância no mundo, tais como Simone de Beauvoir, Frida Kahlo, Oprah
Winfrey, Malala, Beyoncé. Temos ainda quinze perfis de mulheres brasileiras,
entre as quais figuram Djamila Ribeiro, Clarice Lispector, Chiquinha Gonzaga e
Pagu.
Cada perfil traz uma foto da mulher em
destaque, o país de origem, o motivo de merecer o destaque na luta feminista,
seu legado e sua história, as grandes realizações e frases famosas.
“Para a
mulher vencer na vida, ela tem que se atirar. Se erra uma vez, tem que tentar
outras cem. É justamente a nova geração a responsável para levar avante a luta
da mulher pela igualdade.” (Frase de Bertha Lutz – pioneira na luta pelo sufrágio
feminino no Brasil)
Mulheres
que Amam Psicopatas, de Sandra L. Brown
Antes de falarmos sobre o livro vale destacar
o subtítulo da obra que dá ênfase ao assunto tratado: como identificar homens
com distúrbios de personalidade e se livrar de um relacionamento abusivo.
A autora da obra é psicóloga clínica,
psicopatologista, palestrante, escritora premiada e CEO do Instituto para
Redução de Danos Relacionais e Educação Pública em Patologia (The Institute
for Relational Harm Reduction & Public Pathology Education). Sua
pesquisa intitulada Mulheres que Amam Psicopatas – que se tornou o livro em
questão – tem sido apresentada em palestras e institutos e em programas para
aqueles que atuam com violência doméstica e na intervenção para agressores.
No livro, publicado pela Cultrix, Sandra aborda de
maneira ampla a sua pesquisa e, portanto, faz uma análise depurada de
informações extraídas de relatos de mulheres pesquisadas. A
análise que consta na obra foi realizada com base em estudos que levaram mais
de vinte anos de atuação da autora. Traz de forma clara e contundente quem são
as mulheres que se envolvem com psicopatas, como elas podem identifica-los, as
consequências que restam em suas vidas após uma relação tóxica e como é
possível se recuperar de relacionamentos devastadores.
Antes Que Eu Me Esqueça, de Christine Bryden
O Alzheimer é uma
doença neurológica que não tem cura, mas que pode ser tratada. A doença se
manifesta com a perda de funções cognitivas como memória, orientação, atenção,
linguagem, o que se dá pela morte de células cerebrais. Segundo a Associação
Brasileira de Alzheimer existem cerca de 35,6 milhões de pessoas com a doença
no mundo. Em terras brasileiras o número chega a 1,2 milhão de casos, e boa
parte deles ainda sem diagnóstico.
Aos quarenta e
seis anos a autora do livro, Christine Briden, foi surpreendida com um
diagnóstico que pode assustar muita gente. Christine tinha uma demência
precoce, o que inclui o Alzheimer. A vida da autora que vinha progredindo
profissionalmente, estava com os anos contados. Segundo as informações médicas,
com o passar do tempo, a demência a impediria de cuidar da própria vida, desde
as coisas mais complexas com as quais Christine estava acostumada até as
tarefas mais simples e cotidianas.
Antes que eu me esqueça,
publicado pela Seoman, é o relato de Christine sobre como ela lidou com a
doença. É um livro para refletir, para alertar e para clarificar questões que
envolvem a saúde mental, sem ser um manual, baseando-se tão somente na história
de alguém diagnosticado com demência no auge da vida. Por isso mesmo, torna-se
um livro profundo, tocante e emocionante, sem perder o caráter esclarecedor e
educativo.
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