[Entrevista] Gustavo Paiva - Tomo Literário


Gustavo Paiva está lançando pela Skull Editora o livro Ensaio Sobre o Caos. A história mostra o lado obscuro da religião, com muito sangue e crueldade. Ensaio sobre o Caos é sobre como pode ser desesperador estar preso em um ciclo de infortúnios. O escritor conversou com o Tomo Literário e falou um pouco sobre a obra, a escrita de contos, o que o move na escrita e os autores que o influenciaram. Confira a entrevista.

Tomo Literário: Para começarmos conte-nos como foi o seu primeiro contato com a literatura.

Gustavo Paiva: Primeiramente, obrigado pela oportunidade. Será um prazer poder conversar um pouco com vocês. Comecei com gibis, mangás. E então minha namorada me apresentou o mestre Stephen King. Desde então, não parei mais.

Tomo Literário: Como você decidiu tornar-se escritor?

Gustavo Paiva: Esse termo ainda me assusta, sei que ainda estou muito longe dos grandes nomes da literatura. Mas acho que posso dizer que depois que se percebe que é como encaixar coisas, fica mais fácil escrever. Não que seja algo simples, mas também não é coisa de outro mundo... ou talvez seja.

Tomo Literário: Ensaio Sobre o Caos está em pré-venda pela Skull Editora. Como surgiu a ideia do livro?

Gustavo Paiva: Surgiu em um momento em que eu estava com a cabeça a mil. Cercado por problemas e pensei: será que uma solução fácil para tudo seria mesmo conveniente? E será que existem soluções fáceis? Agreguei uma crítica aos exploradores da fé e saiu esse Caos todo.

Tomo Literário: De todo o processo, da escrita até a publicação, qual a etapa mais complexa?

Gustavo Paiva: Acredito que cutucar o vespeiro. Falar sobre a crença alheia de forma agressiva é sempre complexo. Mas gostei do resultado.

Tomo Literário: Gritos de Uma Mente Doentia é outro de seus livros e traz cinco contos, além de Barbitúricos que tem dez contos. Como é transitar tanto pelos contos quanto pelo romance? Alguma predileção?

Gustavo Paiva: As histórias têm o tamanho que devem ter, se eu percebo que já disse o que queria eu encerro. As vezes menos é mais. Prefiro escrever contos, são como um tiro na cabeça, mesmo quando passa de raspão deixa uma cicatriz.


Tomo Literário: Como você tem sentido atualmente o mercado editorial brasileiro, sobretudo para os escritores de terror?

Gustavo Paiva: Está crescendo, não na velocidade que gostaríamos, mas pelo menos agora temos muito mais visibilidade.

Tomo Literário: Você está preparando algum novo projeto literário, além do lançamento de Ensaio Sobre o Caos? Pode nos adiantar alguma informação?

Gustavo Paiva: Sempre estou escrevendo coisas novas, mas por enquanto estão só na gaveta mesmo.

Tomo Literário: Quais são os autores que você admira ou que de alguma forma influenciaram o seu trabalho como escritor?

Gustavo Paiva: Nossos conhecidos: King, Poe, Lovecraft. E outros não tão óbvios: Clarice, Bukowski, Guy de Maupassant, Saramago, e principalmente Rubem Fonseca.

Tomo Literário: Que livros, de quaisquer gêneros, você recomendaria aos leitores? Está lendo algum atualmente?

Gustavo Paiva: Leiam de tudo, porém, deem uma chance aos clássicos, eles não são denominados assim atoa. Estou sempre lendo; Atualmente estou sendo “Eu estou pensando em acabar com tudo” do Lain Reid.

Tomo Literário: De modo geral o que te move a escrever?


Gustavo Paiva: Muitos de meus leitores dizem que minha escrita é violenta, carregada de raiva e pessimismo. Escrevo melhor quando estou passando por situações problemáticas, é como uma terapia para redirecionar a raiva.


Tomo Literário: Gostaria de deixar algum comentário para os leitores do blog?

Gustavo Paiva: Façam alguém se tornar um leitor, incentivem a leitura! Se cada um de nós criar um novo leitor, ao final de tudo teremos o dobro e assim prosseguiremos com o ciclo. Obrigado mais uma vez, Tomo Literário, vocês todos são demais!


Saiba mais sobre os livros do autor:

Ensaio Sobre o Caos

Barbitúricos

Uma Mente Doentia

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