Durante a
Ditadura Militar, a visita a um parque infantil
despertou em Murilo o desejo que está expresso no título do livro O
menino que queria ser prefeito, de Manuel Filho, um lançamento da Editora do
Brasil. Com uma rica contextualização da época, a obra oferece ferramentas para
comparação com os dias de hoje
A Prefeitura de
São Bernardo do Campo, o autor Manuel Filho e a Editora do Brasil lançam no dia
27 de outubro (sábado), às 9h30, na Cidade da Criança (Teatro Amazonas – Rua
Tasman, 301, Jd do Mar), em são Bernardo do Campo, a história de O
menino que queria ser prefeito, de Manuel Filho, com ilustração de Thais
Linhares. A obra transcorre no final da década de 1970, quando o Brasil era
governado pelo General Ernesto Geisel. Isto é, vivíamos o período da Ditatura
Militar, na qual os direitos políticos dos brasileiros eram bastante restritos
e não podíamos eleger o presidente do país. Trata-se de uma obra bastante
oportuna já que nesse momento o país vive um ano eleitoral, fornecendo
subsídios para fazer um paralelo entre os direitos políticos do cidadão ontem e
hoje.
É com o pano de
fundo do governo militar que o protagonista, o menino Murilo, encasqueta com
uma coisa: ele queria ser prefeito. Tudo começa com um passeio ao parque
infantil Cidade da Criança, em São Bernardo do Campo, repleto de atrações que
seduziam a garotada, como o Submarino, o Teleférico, a Casa Maluca, a Cidade
Amazônica e muito mais.
Acompanhado da
mãe, da irmã e de um amigo da escola, Murilo rumava para a fila do Teleférico
quando se deparou com uma aglomeração em torno de uma figura curiosa: um garoto
de cartola, trajando fraque e gravata borboleta, que desfilava pelo parque,
distribuindo doces e sorrisos. Curioso, quis saber de um funcionário do parque
quem era o garoto e descobriu embasbacado que se tratava do Prefeitinho da
Cidade da Criança. E mais: uma das vantagens desse garoto era poder brincar de
graça no parque todo! Murilo não teve dúvidas. “Daquele dia em diante eu só
queria saber uma coisa: Como é que alguém se torna prefeito? Será que
tinha que ser filho do dono do parque? Comprar uma coisa? Participar de um
concurso?”. Dias depois, não é que ele teve a resposta? E veio pela boca da
diretora de sua escola: “Nossa escola foi escolhida para concorrer à eleição do
prefeitinho da Cidade da Criança”.
Numa época em que
a democracia era um conceito distante do cotidiano das pessoas, Murilo terá
muito o que aprender sobre o processo democrático e a liberdade enquanto
batalha para realizar o seu sonho. E seu tio será a chave para desvendar os
segredos sobre esse jogo político que seu pai e sua mãe procuram manter longe
das crianças.
Com a obra, o
autor amplia o conhecimento sobre o processo eleitoral, permitindo que o leitor
possa comparar as diferenças entre as eleições do passado com as atuais, livres
e dentro da democracia, quando é possível escolher um candidato a qualquer
cargo eletivo. Também é ressaltado o aspecto da responsabilidade, uma vez que a
facilidade de acesso permite que, hoje, todo candidato seja investigado
profundamente nos quesitos de ética, propostas e cidadania.
A reconstituição
de época é bastante precisa, o que possibilita conhecer aspectos curiosos, que
deixaram de existir como a expectativa da instalação de um telefone fixo, TV
preto e branco e saudosos apresentadores de programa de auditório, como Hebe
Camargo. Além disso, o leitor pode acompanhar as lembranças sobre o surgimento
da TV e do cinema no Brasil.
Assim, de uma
maneira divertida, Manuel Filho dá o seu recado aos jovens leitores sobre
ética, democracia e um período bem delicado da história do Brasil. De quebra,
ainda revisita uma lembrança da infância, uma vez que ele próprio, quando
criança, costumava ir ao parque enfocado no livro e almejara ser o prefeitinho.
“A Cidade da Criança ainda é um local incrível, e eu passei nela alguns dos
anos mais felizes da minha vida. Este livro é a realização de um sonho”, diz
ele.
Sobre o autor
Nascido em São Bernardo
do Campo, SP, em 1968, ainda criança, Manuel Filho era assíduo frequentador de
bibliotecas públicas em sua cidade, onde devorava livros, revistas e
gibis. O ouro do fantasma, da célebre coleção Vaga-Lume, foi seu
primeiro livro publicado. Desde então, já publicou mais de 50 títulos,
merecendo vários prêmios e incentivos literários, como o Jabuti e o ProAC-SP.
Também já recebeu por cinco vezes o selo de “Acervo Básico” da Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Ministra oficinas literárias pelo
País inteiro e ainda atua como ator e cantor.
Sobre a ilustradora
Thais atua na área
editorial, de cinema e de animação. Possui diversos trabalhos publicados como
ilustradora, escritora e quadrinista, alguns deles adotados no PNBE (Programa
Nacional Biblioteca na Escola) e também outros programas municipais e estaduais
de adoção de livros para bibliotecas e escola.
Ficha técnica
Obra: O
menino que queria ser prefeito
Autora: Manuel
Filho
Formato: 16 x 23 cm
Número de páginas:
104
ISBN: 978-85-10-06806-2
Sobre a Editora do Brasil
A Editora do
Brasil está há 75 anos buscando sempre renovar produtos e serviços, para levar
conteúdos atuais e materiais de qualidade para milhares de educadores e alunos
da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Em todos os cantos
do país, professores e gestores que trabalham com os nossos livros têm acesso a
um projeto didático comprometido com a ética e com uma educação cada dia
melhor.
Nossa missão é ser
uma editora de melhor conteúdo e maior presença na educação brasileira. Isso
significa que, antes de mais nada, temos compromisso com o dinamismo do
conhecimento. A educação que transforma também tem que se transformar. Mais do
que nunca, estamos ao lado dos educadores, observando, analisando e discutindo
os novos desafios do ensino em nosso país.
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