Larissa Brasil é uma das finalistas do Prêmio
Aberst de Literatura na categoria Conto, Noveleta ou Novela de Terror/Horror.
Ela concorre com O Conto do Coronel Fantasma. A escritora falou ao Tomo
Literário sobre seu contato com a literatura, as expectativas em relação ao
prêmio, a origem do conto finalista, novos projetos, a importância da
associação de escritores e muito mais. Confira a entrevista.
Tomo
Literário: Como foi o seu primeiro
contato com a literatura e quando decidiu ser escritora?
Larissa
Brasil: Quando
criança, com os gibis da Turma da Mônica, Sítio do Pica-Pau Amarelo e Ziraldo.
Ainda tenho meu livro “Menino Maluquinho” da 4º série na minha estante. Depois
com a coleção Vagalume. Eu escrevia poemas, pedaços de histórias na
adolescência, mas só retornei a escrita em 2012, quando passei por uma fase
depressiva. A escrita me fez seguir em frente.
Tomo
Literário:
O
Conto do Coronel Fantasma é finalista do Prêmio Aberst de Literatura na
categoria Conto, Noveleta ou Novela de Terror/Horror. Qual a expectativa e como
é ter seu conto selecionado para o prêmio?
Larissa
Brasil: Eu
ainda estou em êxtase. O Conto do Coronel Fantasma é uma história que nasceu
dos causos que minha avó materna contava, da cidadezinha que ela morava no
interior da Bahia, e foi um conto que escrevi com paixão e saudade, depois que
ela faleceu. Sou uma escritora iniciante em uma categoria com escritores fantásticos
e só de estar entre os finalistas já é uma vitória imensa. Quando me inscrevi,
não pensei que pudesse ser indicada e só esse fato isolado é um incentivo
imenso para continuar estudando, lendo e escrevendo muito.
Tomo
Literário:
Como
você vê atualmente o cenário literário brasileiro, sobretudo para as escritoras
de terror/horror?
Larissa
Brasil: Todo
inicio é difícil, e não é diferente com o escritor. Inexperiência, resistência,
desânimo. Na era onde tudo é tão efêmero, persistir é preciso, não há outro
caminho. O pouco hábito de leitura em um país enorme como o nosso em conjunto
com a supervalorização do produto estrangeiro é só mais um capítulo complicado
que temos que enfrentar. Quando terminei o meu livro, fiquei perdida, sem saber
muito bem para onde ir, o que fazer ou não fazer. Vou me auto publicar ou
correr atrás de uma editora? Tive a sorte de conhecer a Aberst no primeiro
semestre. Estar em uma associação faz toda diferença. O apoio e capacitação que
o Conselho da Aberst oferece e a troca de experiência entre os autores
associados me deu confiança para enfrentar o mercado, que está passando por um
processo de mudança profundo. Penso que a união realmente faz a força.
Tomo
Literário: Você também tem na Amazon o
conto Metros Cúbicos de Tristeza e Água Salgada. Como é transitar em diferentes
gêneros para contar histórias?
Larissa
Brasil: Já
pensei muito sobre isso, e escuto muitas pessoas falarem sobre nichos. Mas as
ideias aparecem e eu penso que é um desperdício não escrever sobre elas. Gosto
de poder transitar por vários gêneros, afinal, somos muitos ao mesmo tempo. Tenho
uma série de poesias que publico no Instagram chamada #maquinadeamar. Microcontos
de romance, drama, terror, até contos infantis. Suspense é o que mais gosto de
escrever, mas as histórias aparecem e eu preciso colocá-las no papel, não
importa qual o gênero delas.
Tomo
Literário:
Você
está preparando algum novo projeto literário? Pode nos adiantar alguma
informação?
Larissa
Brasil: Meu
primeiro livro está prontinho para ser lançado, faltando apenas alguns
detalhes. É um suspense psicológico com pitadas de terror, se passa no interior
do Brasil e se chama “A Garota da Casa da Colina”. Em breve teremos novidades.
Tomo
Literário:
Quais
são os autores que você admira ou que de alguma forma influenciaram o seu
trabalho como escritora?
Larissa
Brasil: Neil
Gaiman e Jane Austen. No Brasil, Lúcia Machado de Almeida despertou minha imaginação lá na
adolescência. Mais recentemente, Gillian Flynn, Ruth Ware, Evie Wyld e Ilana Casoy.
Tomo
Literário:
Que
livros, de quaisquer gêneros, você recomendaria aos leitores? Está lendo algum
atualmente?
Larissa
Brasil: Primeiro,
leia, não importa o qual gênero e não deixe ninguém lhe dizer que, o quê você
lê não vale a pena. Recomendo “O Oceano no Fim do Caminho”, do Neil Gaiman, “1984”
de George Orwell, quaisquer dos romances da Jane Austen. Li recentemente alguns
romances de suspense, policial e terror de autoras nacionais: “Até eu te Possuir”
da Soraya Abuchaim, “A Noite Não Me Deixa Dormir” da Camila Fernandes e “Casos
de Família” da Ilana Casoy. Recomendo todos. Vou começar a ler “ Inferno no
Ártico” da Cláudia Lemes.
Tomo Literário: De modo geral o que te move a escrever? Quais suas inspirações?
Larissa Brasil: Quero dividir minha imaginação com as pessoas, tem tanta coisa que se passa aqui dentro da minha cabeça que não consigo nem quero guardar só para mim, essa vontade me move a escrever e a dividir com meus leitores. Minha avó ainda me inspira muito, sempre tem pequenas partes dela no que ponho no papel, e no geral, coisas do dia a dia, uma placa, uma música são fatos que podem virar uma boa história. A ideia do meu último livro nasceu de uma casa abandonada que existia em frente de onde morava, eu tinha uma vontade incontrolável de entrar e percorrer aqueles cômodos, saber o que aconteceu ali. O medo ou o bom senso, (talvez os dois), me impediram de entrar, então transformei a curiosidade em palavras.
Tomo
Literário:
Gostaria
de deixar algum comentário para os leitores do blog?
Larissa
Brasil: Agradecer
a oportunidade de falar um pouco de mim e da minha escrita e agradecer aos
leitores, que apesar da crise que nos engole, continuam lendo. Vejo um
crescente na literatura nacional e espero que tenhamos mais incentivo, mais
autores e mais e mais pessoas lendo.
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