Por meio de
uma narrativa atual e a reconstrução de cenário histórico, o leitor tem a
oportunidade de refletir sobre um dos movimentos mais importantes do País
Em “Uma História
de Ouro e Sangue”, que faz parte da coleção Histórias da História, da Editora
do Brasil, Manuel Filho cria um interessante enredo que recorda, de forma
bastante clara, fatos e acontecimentos da Revolução Constitucionalista de 1932,
um capítulo fundamental para a história do Brasil e de São Paulo. No dia 9 de
Julho (hoje) comemora-se o Dia da Revolução Constitucionalista de 1932.
O livro inicia-se
com a narrativa sobre Afonsinho, um office-boy que obtém seu
primeiro emprego em um tradicional escritório de advocacia, localizado no
histórico edifício Ouro Para o Bem de São Paulo, região central da capital. O
prédio antigo foi construído com o valor obtido pela campanha que buscava
arrecadar ouro para financiar a Revolução de 1932, movimento que tinha como
objetivo lutar por uma nova Constituição, promessa do então presidente Getúlio
Vargas, que até então não se concretizara.
Em uma viagem ao
tempo, o jovem vê-se subitamente arremessado de uma maneira lúdica aos
episódios reais que antecederam a revolução dos paulistas. Ao passear pelos
pontos históricos que fizeram parte do cenário do movimento, como Praça da Sé,
Praça do Patriarca, Rua Direita, Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco, Viaduto do Chá, Rua São Bento e Rua Líbero Badaró, o protagonista
passa também a conviver com importantes personagens da revolução, como Martins,
Miragaia, Dráuzio e Camargo (MMDC) e, outros tantos combatentes que não
gravaram seus nomes nos livros de História, mas que em alguns casos entregaram
a própria vida na defesa de uma causa que consideravam justa.
Para melhor
reconstruir o ambiente da obra, o autor esteve presente em vários desses locais
descritos no livro, incluindo o próprio edifício em que o protagonista vive
grande parte de sua história. “Estive no museu da Revolução de 32, presenciei o
desfile que ocorre todos os anos no Parque do Ibirapuera, li vários livros
históricos sobre o assunto e fiz pesquisas no site da Biblioteca Nacional, em
revistas e jornais originais da época. Também realizei entrevistas com pessoas
que se lembravam dos eventos. Em seguida, deixei a imaginação funcionar e criei
uma maneira lúdica de contar a história para os leitores”, descreve.
“O tema é
absolutamente atual e envolve assuntos como cidadania, solidariedade e eventos
bélicos. Praticamente, é um retrato de nosso mundo presente, no qual as pessoas
estão buscando melhores condições de vida em todas as partes do planeta”,
afirma o escritor.
A ideia nasceu da
curiosidade do autor sobre o assunto. Ele guarda recordações de seus tempos de
infância, como do episódio no qual conheceu um senhor que afirmou ter avistado
combatentes cruzando sua cidade, Mogi das Cruzes, em um trem. “Ele (senhor) recordou-se
de ter acenado para os homens que se dirigiam para os combates que ocorreram no
interior de São Paulo. Sempre é muito triste constatar que foi necessária uma
guerra para se tratar questões que poderiam ter sido resolvidas
diplomaticamente”, acredita.
Despertar a
curiosidade por meio da literatura, envolvendo a aprendizagem ao contar
episódios reais da história é o principal objetivo do livro. Os fatos
descritos e a ambientação bem construída fazem com que o leitor sinta-se como
personagem principal da obra, parte integrante de tão importante acontecimento.
Sobre o autor:
Manuel Filho é
escritor, ator, compositor e cantor. Redige para a TV, rádio e teatro.
Trabalhou na extinta Rede Mulher, TV Record e TV Senac. Integra o projeto
Literatura Viva, do Sesi, desde 2011. Possui mais de 30 livros publicados por
diversas editoras, como Escala Educacional, Melhoramentos, Paulus, Saraiva,
entre outras. Pela Editora do Brasil, possui mais três livros publicados,
entre eles “Vento forte, de sul e norte” e “Sensor: o Game”, que
integrou o catálogo oficial da CBL na feira do livro em Frankfurt. Recebeu o
prêmio Jabuti (2008), o Selo de Acervo Básico da FNLIJ (2011), foi finalista do
Prêmio Açorianos de Literatura (2013), além de ter sido selecionado para o PNBE
(2014) e para outros prêmios.
Sobre a Editora do Brasil:
Fundada
em 1943, a Editora do Brasil atua há mais de 70 anos com a missão de mudar o
Brasil por meio da educação. Como empresa 100% brasileira, foca a oferta de
conteúdos didáticos, paradidáticos e literários direcionados ao público
infantojuvenil. Foi fundadora da CBL, SNEL, FNLIJ, IPL e da Abrelivros. Os
títulos estão disponíveis para comercialização por meio da loja virtual da
Editora Brasil (http://www.editoradobrasil.com.br/lojavirtual/)
ou nas lojas físicas, em São Paulo (Rua Conselheiro Nébias, 887 – Campos Elíseos, São Paulo - SP), Rio de Janeiro (Rua do Bispo, 150 - Rio Comprido-RJ)
e Natal (Rua dos Caicós, 1533 – Alecrim, Natal- RN).
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