Criada pelo próprio Martin Esslin, a
expressão “Teatro do Absurdo” tornou-se o termo consagrado para descrever e
classificar peças surgidas após o fim da Segunda Guerra Mundial e que tratam da
solidão e da perplexidade do homem com a vida moderna.
Influenciado pelo existencialismo e pelas
experiências cênicas da geração dadaísta, o Teatro do Absurdo reuniu uma gama
de autores com opções estéticas diversas e promoveu uma revolução, deixando
profunda marca na dramaturgia que se fez dali em diante. Seu impacto não foi
sentido apenas pelos artistas, mas também pelo público, que discutia
incansavelmente os espetáculos desconcertantes a que assistia.
Com admirável frescor e lucidez, Esslin
mostra como Beckett, Ionesco, Pinter e outros estilhaçavam convenções
dramáticas e transmitiam a sensação de se viver num mundo sem sentido. Ele
analisa com rigor crítico o trabalho desses dramaturgos seminais, em peças
marcantes: Esperando Godot, A cantora careca, O rinoceronte, Piquenique no
front, As criadas, A festa de aniversário, A história do zoológico e tantas
outras.
Considerado um clássico, este volume retoma a
tradução original de Barbara Heliodora e a apresentação do jornalista, escritor
e crítico teatral Paulo Francis para a primeira edição brasileira, publicada
pela Zahar em 1968. Com atualizações e acréscimos, traz também um novo prefácio
do autor, inédito em português.
Foto: Reprodução |
Sobre o
autor:
Martin Esslin (1918-2002) foi um dos mais
importantes críticos teatrais do século XX, além de escritor, produtor,
tradutor e professor universitário. Nascido em Budapeste e educado em Viena,
foi em Londres que se estabeleceu. Trabalhou na BBC por quase 40 anos, em
diversas funções, e à frente do departamento de teatro da emissora firmou-se
como um intelectual de grande reputação e influência. Professor emérito da
Universidade Stanford, Califórnia, dedicou sua vida ao teatro, tornando-se uma
referência no estudo dessa arte.
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