A literatura em O Homem de Lata - Tomo Literário

A literatura em O Homem de Lata

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No livro “O Homem de Lata”, de Sarah Winman, publicado pela Faro Editorial em 2018, há várias referências artísticas. Aqui mesmo no blog já publiquei o artigo “A Arte em O Homem de Lata” (que você pode ler clicando aqui). Agora trago uma outra publicação falando sobre os livros e autores que são mencionados na obra.


De início já podemos destacar o próprio título do livro, que é uma clara referência a outro livro - O Mágico de Oz, de Frank L. Baum. O homem de lata do livro de Baum é um personagem que está em busca de um coração. A obra foi publicada originalmente em 1900.
                    

O túmulo de C.S. Lewis é mencionado quando Ellis – um dos protagonistas - vai visitar um cemitério e avista um grupo de turistas americanos que procurava a lápide do escritor. O túmulo fica na Igreja da Santa Trindade Headington, Oxford. C. S. Lewis foi um importante professor, romancista, escritor, poeta e crítico literário britânico. Seu nome completo era Clive Staples Lewis. Ele é autor livro Crônicas de Nárnia. O autor nasceu em 1898 e faleceu em 1963.


Numa das passagens da história Ellis pergunta que livro Michael – outro protagonista da obra - está lendo e ele levanta um exemplar e responde que trata-se de Folhas de Relva, de Walt Whitman (1819-1892). Escrito num período de formação da consciência da nação norte-americana, de otimismo nacionalista, expansão geográfica, utopias, pioneirismo, crescimento econômico e tensões sociais, Whitman criou uma poética revolucionária. No prefácio de 1855 do livro citado pelo personagem escreveu o autor: “O julgamento direto de quem seria o maior dos poetas é o hoje”.


O personagem Michael que afirma seu gosto pela leitura ao dizer que fica lendo na maior parte do tempo, menciona sua leitura da vez em dado momento. O livro que ele lê é Bonequinha de Luxo, de Truman Capote.  A protagonista da obra, Holly Golightly, conquistou a cultura norte-americana e depois de ganhar Nova York, conquistou as plateias de cinema, interpretada por Audrey Hepburn, no filme que leva o nome do livro.


Em outra passagem Michael nota um estudo biográfico de Albert Camus (1913 – 1960) sobre a mesa. O autor biografado foi escritor, romancista, ensaísta, dramaturgo e filósofo. Nasceu na Argélia e foi jornalista militante na Resistência Francesa. Entre os livros publicados por Camus estão O Estrangeiro, A Peste e A Queda.


E numa livraria que trabalhara, Michael vende um exemplar de  Um Ano de Provença. No Brasil o livro foi publicado como Um Ano na Provence. O livro é escrito por Peter Mayle, um ex-publicitário inglês, que realizou um registro mês a mês de sua ambientação à nova realidade vivendo num dos lugares mais charmosos do mundo. Registrou suas incríveis descobertas e surpresas, passando pela gastronomia e pela paisagem, pelos hábitos interioranos dos franceses e as diferenças culturais. A publicação venceu o prêmio Melhor Livro de Viagem do British Book Awards.


Em outro ponto da história de O Homem de Lata, um dos personagens lê um livro do autor  Harold Robbins e mostra uma foto dele como sendo um homem ideal. Descobrimos que um livro que foi lido pelo personagem é O Garanhão, quando é citado por Billy e Glynn (personagens coadjuvantes que estão na trama de Sarah Winman)  enquanto conversam e comem. E um pergunta: Você já leu O Garanhão, Glynn? O outro retruca com uma indagação: E quem não leu? O diálogo segue com a afirmação de um deles de que deveria fazer parte do currículo nacional. O Garanhão fala sobre Angelo Perino, um jovem piloto de corridas que tem sua audácia nas pistas igualada a sua sede por mulheres. Ele narra o conflito entre o autoritário libertino Loren Hardeman I e seu neto. A trama é repleta de carros, ação e sexo.

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