Marcos Rey é o pseudônimo de Edmundo Donato,
escitor que nasceu em São Paulo no ano de 1925, cidade que sempre foi o cenário
de seus contos e romances. Estreou em 1953 com a novela Um gato no triângulo. Apenas sete anos
depois publicaria o romance Café na cama, que se tornou um bestseller
dos anos 60.
Autor de
uma vasta produção de obras literárias e audiovisuais, assumiu o ofício de
escrever o tempo todo, e viveu de seus textos e criações. Destacou-se pela
qualidade de seus contos e romances de “literatura de realismo urbano” captando
e recriando a atmosfera da grande cidade e de seus personagens; e a
aristocracia, a classe média e a vida noturna.
Marcos Rey
escrevia como se estivesse filmando o cotidiano e a realidade da metrópole
paulistana. Desde a infância era um inveterado leitor. Publicou seu primeiro
conto quando tinha 16 anos no jornal Folha da Manhã, já usando o nome Marcos
Rey, que o consagrou posteriormente.
Habilidoso
e versátil, Rey foi cronista, contista, roteirista de rádio, televisão e
cinema, em programas de humor, rádio-almanaques, novelas e minisséries, e
também foi redator publicitário.
Como dica de leitura, trago uma lista com
cinco livros publicados pela Global Editora, para que o leitor conheça um pouco
mais sobre a obra do autor.
O
Último Mamífero do Martinelli
O último mamífero do Martinelli, uma evolvente
narrativa da época da ditadura, tem como personagem principal um perseguido
político. Ele encontra refúgio no edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu
de São Paulo, então fechado para reformas. O homem se torna uma espécie de
arqueólogo urbano ao vascular o prédio abandonado em busca de objetos que lhe
rendam algum dinheiro para sobreviver.
No isolamento do antigo edifício, entre os vários
objetos que encontra – uma máquina de escrever, algumas placas de velhos
estabelecimentos, um buraco de bala, um piano, um bilhete cujo destinatário se
perdeu -, o homem passa o tempo inventando histórias e recriando sua própria
vida. Parece descobrir uma porta para o passado e, assim, aos poucos ficção e
realidade se misturam numa empolgante narrativa de ação e mistério.
O
Mistério do Cinco Estrelas
O que você faria se visse um cadáver embaixo de uma
cama? Léo, mensageiro do Emperor Park Hotel, um cinco estrelas que hospeda
muita gente poderosa, viu um no quarto 222. Leo desceu para o saguão
desejando que ninguém o chamasse. Precisava contar ao Guima o que vira no 222.
Ao abrir a boca e ao começar a investigar, passou a
viver dias cheios de suspense e surpresas. Teve de vencer a paralisia do
pesadelo para erguer os lençóis sobre o carrinho. Logo encontrou alguma
resistência e viu uma mancha de sangue. Como um boneco de cera, as pernas
dobradas, Leo viu o cadáver, o mesmo homem de cara de índio… E viu-se envolvido
numa trama bastante perigosa, arquitetada por pessoas inescrupulosas. Vou sair
daqui e chamar o gerente, decidiu Leo, aterrorizado, e começou a andar de
costas… e no mesmo instante com uma velocidade sideral qualquer coisa o atingiu
na cabeça. Perdeu os sentidos. De tirar o fôlego da primeira à última
página.
Um
Cadáver Ouve Rádio
Com uma linguagem moderna, simples e coloquial,
Marcos Rey, cria em Um cadáver ouve rádio uma história em que emoção
e suspense estão presentes em todas as páginas da narrativa. Tudo começa quando
um garoto chamado Muriçoca para na entrada do prédio para se proteger da chuva.
Atraído pelo som de um frevo, sobe as escadas e se depara com o corpo de um
homem caído de costas, todo ensanguentado. O cadáver encontrado é de Alexandre,
um sanfoneiro de quem todos gostavam.
A trama, ágil e dinâmica, gira em torno da busca
pelo assassino e do porquê de haver um rádio ligado na cena do crime. Mas quem
teria motivos para matá-lo? Leo, Gino e Ângela, um jovem trio de detetives,
investigam o crime e não medem esforços para desvendá-lo. De cara, acharam a
arma do crime, uma espécie de sabre chinês, muito bonito, com desenhos orientais
no cabo, o que os leva a vários suspeitos. O culpado que se cuide, pois, quando
um cadáver ouve rádio, tudo pode acontecer!
Um
Rosto no Computador
Leo, Ângela e Gino, personagens de outros livros de
Marco Rey, entram em cena novamente para desvendar mais um misterioso acontecimento.
Uma menor de idade, Camélia, sai de Salvador para participar de um concurso
fotográfico de beleza em São Paulo. O evento acontece no Emperor Park Hotel.
No dia da inscrição, Bandeira chamou Camélia e lhe
disse: Seu nome não é muito adequado para modelo. Vamos usar o final dele: Lia.
Assim, se sua família ler sobre o concurso, não vai identificá-la. Pensei Lia
Magno.
A garota, de uma beleza exuberante, ganha o
concurso. Logo depois de ser a vencedora, desaparece misteriosamente. O que
poderia ter acontecido? Sequestro? Assassinato? Como pistas, os protagonistas
têm apenas algumas camélias e um postal vindo de Paris. Ação, dinamismo,
hipóteses, deduções, investigação em uma narrativa muito bem construída.
12
Horas de Terror
Páginas e páginas… Suspense. Ruth e Júlio conseguirão
escapar? Em 12 horas de terror, Marcos Rey joga com um ingrediente
característico do ser humano: a curiosidade, deixando seu leitor, por várias
páginas, ávido em descobrir de que se trata. Qual, afinal, é o envolvimento de
Miguel, irmão de Júlio, em algo perigoso?
Parou à porta, as pernas bambas. Entrava ou
recuava? Tudo revirado e espalhado pelo chão: gavetas e seu conteúdo, peças de
roupa, livros, almofadas, o divã tombado e um abajur pisoteado, aos pedaços.
Pensou em comunicar-se com o irmão. Mas nem sabia onde Miguel trabalhava. A
construção da narrativa, alimentando o suspense, aguça a vontade do leitor de
virar página após página e, num só fôlego, chegar ao fim da história.
Para conferir todo o catálogo dos livros de
Marcos Rey acesse o site da Global Editora.
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