Gustavo Lopes é autor do livro O Inominável.
Ele falou ao Tomo Literário sobre seu livro, publicações em antologias, o processo
de tornar-se escritor e o cenário literário para autores independentes. Autor
de horror, fantasia e ficção-científica comentou também sobre autores e livros
que indica. Leia a entrevista e boa leitura!
Tomo
Literário: Você lembra do seu primeiro
contato com os livros? Como foi?
Gustavo
Lopes:
Meu primeiro contato com os livros foi na escola. Naquela época eu não gostava
de ler livros, preferia quadrinhos e mangás. Muitos dos livros de leitura
obrigatória não tinham a temática que eu procurava. Foi somente fora da escola,
escolhendo os livros que gostaria de ler, que adquiri gosto pela literatura e
pela escrita consequentemente.
Tomo
Literário: E quando você resolveu tornar-se
escritor?
Gustavo
Lopes:
Eu comecei a escrever de forma esporádica entre 2006 e 2007. Levei 7 anos para
terminar meu primeiro rascunho e só depois de colocar o último ponto final nele
que tive certeza de que repetiria esse ponto final em outras histórias pelo
resto da vida.
Tomo
Literário: Você acaba de publicar uma
edição limitada e independente de O Inominável. Como surgiu a ideia do livro?
Gustavo
Lopes:
A ideia do livro veio de uma sinopse para um concurso literário, que evoluiu
para um conjunto de personagens e cenas e em seguida para o texto completo, em
um período de três meses entre a concepção e o texto publicado.
Tomo
Literário: Como você tem visto o cenário
literário para os autores independentes? Há mais possibilidades ou ainda há
mais obstáculos a serem vencidos?
Gustavo
Lopes:
O cenário literário brasileiro oscila bastante e ainda é um mercado que, apesar
de ter bastante espaço, seja para autores independentes ou aqueles publicados
através de uma editora, precisa vencer muitos obstáculos. Estamos em uma era
com excesso de informação na palma da mão — redes sociais, Netflix, Youtube e
por aí vai. São muitas opções para pouco tempo, portanto o autor tem que estar
disposto a competir com esses outros meios e usar de uma boa história e um bom texto
para ter uma chance de ser lido.
Tomo
Literário: Você tem participações em
antologias. Qual dos contos você
destacaria para expressar bem o seu estilo? Por que essa escolha?
Gustavo
Lopes:
Dos contos que já escrevi para antologias, coletâneas e livros colaborativos,
destaco o conto Vagalumes Holográficos, da coletânea Jingle Hells - Festas
Malditas do Maldohorror publicada na Amazon. Até mesmo a grafia incorreta da
palavra "vaga-lume" tem significado para o conto, que reúne fantasia,
horror e ficção-científica, uma combinação presente em boa parte dos textos que
gosto de escrever.
Tomo
Literário: O gênero de terror/horror tem
conquistado mais espaço? O que você espera para o ano de 2018?
Gustavo
Lopes:
Sim, sem dúvida. Impulsionado por outras mídias, como a televisão e o cinema, é
notável que a procura pelo gênero tenha crescido. Para o ano de 2018, espero
que esta onda positiva continue, e que os autores que já possuem ou que
conseguirem oportunidades em grandes casas editoriais aproveitem com sabedoria
para conquistar cada vez mais novos leitores e ampliar a influência da
literatura nacional no hábito de consumo do brasileiro.
Tomo
Literário: De modo geral, o que te
inspira a escrever?
Gustavo
Lopes:
Música geralmente me inspira a escrever, mas a inspiração pode vir de qualquer
meio. Depende muito do momento e da história que quero contar.
Tomo
Literário: Está trabalhando em algum novo
projeto literário? Pode nos contar?
Gustavo
Lopes:
No momento estou trabalhando em alguns projetos e espero finalizar que pelo
menos um deles para o primeiro semestre de 2018.
Tomo
Literário: Que autores você recomenda ou
quais autores influenciaram o seu trabalho como escritor?
Gustavo
Lopes:
Estou sempre em busca de novas influências e formas de melhorar o meu trabalho,
portanto, no momento, os autores com maior influência e que recomendo são
William Hjortsberg, Walter Tevis, Thomas Harris, Chuck Palahniuk, M.R.Terci e
Aislan Coulter, que, de alguma forma, contribuíram no último ano para a minha
evolução nos estudos da escrita.
Foto: Divulgação |
Tomo
Literário: Que livros, de quaisquer
gêneros, você indicaria aos leitores e de que maneira esses livros te tocam?
Gustavo
Lopes:
Indico A Espera de um Milagre, do Stephen King, por ter sido o primeiro livro
que me emocionou e me fez ter vontade de transformar minhas ideias em palavras
escritas, tentar causar o mesmo efeito em outras pessoas, e Nas Montanhas da
Loucura, de H.P.Lovecraft, por seu clima de tensão e estranheza, pelo modo como
desperta curiosidade, além de ser meu texto favorito do autor.
Tomo
Literário: Quer deixar algum comentário
para os leitores?
Gustavo
Lopes:
Aproveito esta oportunidade para convidar todos que chegaram até aqui para ler
o relato de Thalita em O Inominável e acompanhar minhas publicações através do
meu site. Espero que gostem e um grande abraço!
Saiba
um pouco mais sobre o autor
Gustavo Lopes é autor de horror, fantasia e
ficção-científica, nascido em 1989, na cidade de Suzano – SP. Atormentado pelo
desejo incessante de escrever, se divide entre trabalhar, estudar, pular corda
e viver, para ter tempo de transformar suas histórias em palavras escritas. Tem
contos publicados como autor convidado dos sites Noite do Bardo, um blog de
contos de autores nacionais, e Maldohorror, comunidade de escritores fantásticos
e malditos, além de diversas antologias. Membro da Sociedade do Labirinto. Seu
primeiro livro, O Inominável, foi publicado em 2017 e foi finalista do prêmio
SweekStars 2017 na categoria Suspense & Terror.
O
Inominável
Um grupo de amigos, estudantes
do ensino médio, encontram um livro, jamais visto até então na biblioteca de
sua escola, e resolvem provar a veracidade de seu conteúdo, instruções para um
ritual aparentemente inofensivo e extremamente tentador. Motivados por um
histórico de bullying e a promessa de um fim definitivo para os seus problemas,
Andreia, Augusto "Bolinha", Davi e Thalita partem em uma jornada sem
retorno, rumo à escuridão inominável que habita em seus corações.
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