O autor de O Lado
Escuro da Madrugada, Roberto Giacundino, concedeu entrevista ao Tomo Literário.
Ele falou sobre o contato com a literatura, seu livro, inspiração e indicou
autores e livros. Saiba mais lendo a entrevista na íntegra.
Tomo
Literário:
Como
foi o seu primeiro contato com a literatura?
Roberto
Giancundino:
Sempre gostei de histórias! A paixão começou cedo com as revistas em
quadrinhos, na época conhecidos como Gibi. Na sequência, por volta de 12 ou 13
anos ingressei na literatura através dos juvenis. Lembro-me ainda do 1º livro
lido de um folego só em algumas horas, A Ilha Perdida de Maria José Duprê. Na
sequencia li tudo que tinha disponível nas bibliotecas da minha região: Marcos
Rey da série vaga-lume, Pedro Bandeira com os Karas e Stella Carr, com a série
dos irmãos incríveis eram minha paixão! Andava sempre com 2 ou 3 livros,
tamanho era o medo de acabar 1 e não ter outra leitura engatilhada. Li e reli
muitos destes livros da série vaga-lume (Ática) e coleção veredas (Ed.
Moderna). Bons tempos em que as editoras investiam na literatura juvenil,
formando os atuais leitores de hoje. Daí em diante me interesse pela literatura
adulta, sempre focado nos trilhers e livros policiais: Agatha Christie, Sidney
Sheldon e Harlan Coben só vieram reforçar esta paixão! Li tudo de todos eles e
ainda hoje curto de montão! Coleciono inclusive. Minha diversão garantida era
estar na biblioteca, passava horas lá, depois vieram os Sebos, onde conseguia
com certa dificuldade adquirir os livros desejados que não haviam disponíveis
na biblioteca pública.
Tomo
Literário:
O
Lado Escuro da Madrugada acaba de ser lançado pela Pandorga. Como surgiu a
ideia do livro?
Roberto
Giancundino:
A trama principal do livro veio toda de uma vez, numa tarde. A questão do
preconceito e bullying eram temas que já queria tratar, e o tema neonazismo
também já despertava o interesse em explorar. Da ideia original, comecei a lapidar
a história, montar o quebra cabeça, acrescentar novas ideias, o processo de
escrita passou de cadernos escritos a mão, máquina de escrever até chegar em
sua versão final escrita no computador, e foi uma “das melhores viagens” que
fiz! Nesta transformação e
enriquecimento da história duas coisas originais se mantiveram: O(a)
assassino(a) e o motivo por trás dos crimes.
Tomo
Literário:
Quais
foram os maiores desafios para fazer a obra?
Roberto
Giancundino:
São dois desafios muito grandes para qualquer escritor iniciante: Escrever,
avançar e concluir de forma satisfatória e depois a publicação final. Com
certeza a segunda seja a maior dificuldade do processo todo: Como fechar com
uma editora que tenha um bom produto final e boa distribuição nacional? Mas
tirando estas duas questões que devem ser parecidas a todos, sem duvida é o
foco e disciplina para escrever! A falta de tempo prejudica, pois o dia a dia é
engolido pelo trabalho em outra área, que o caso de muitos que possuem o sonho
de publicar, e o tempo que resta precisa ser dedicado a escrita. Então muitas
férias, descansos semanais e folgas e até viagens lá estava eu com meu note me
policiando para dar andamento a história. Como é algo que me divertiu e trouxe
uma realização muito grande. Cada trecho da história concluído de forma
satisfatória era um pequeno sucesso a ser comemorado.
Tomo
Literário:
Ambientar
a história do livro na cidade em que você nasceu torna as coisas mais fáceis ou
fica ainda mais complexo para dar veracidade aos locais utilizados nas cenas?
Roberto
Giancundino:
Com certeza facilita já conhecer o cenário que será utilizado, principalmente
por que neste caso, praticamente tudo que é citado no livro: Avenidas, bairros,
restaurantes, cafés, estações de metrô, praças, estatuas e patrimônios públicos
foram recriados com fidelidade e de fato podem servir de guia turístico para
quem quiser passar pelos mesmos lugares que Sandra e os demais personagens
passaram. Mas também torna a atividade mais trabalhosa no sentido de não só
passar em frente mais pesquisar e conhecer os detalhes que ninguém vê destes
lugares no dia a dia. O teatro Municipal, por exemplo, me exigiu uma visita guiada
e uma pesquisa sobre a história do lugar e o projeto arquitetônico para poder
recriar com fidelidade as descrições.
Tomo
Literário:
Como
está a expectativa em relação ao lançamento e como tem sido o feedback que tem
recebido de leitores?
Roberto
Giancundino:
Há sempre muita expectativa, acredito que ainda mais na primeira obra, mas é
gratificante e extremamente realizador ler os comentários e resenhas que blogs
e demais parceiros publicam sobre a obra. Aliás os Blogs e páginas temáticas de
literatura seja no facebook, twitter ou instagram são grandes aliados dos novos
autores na divulgação da obra. São extremamente sinceros ao dar a opinião sobre
a obra e auxiliam muito o autor. Vira e mexe “dou um google” no nome da obra e
me surpreende os comentários e feedbacks elogiosos, muitos perguntando sobre o
próximo livro e se veremos novamente alguns dos personagens principais.
Tomo
Literário:
O
que te inspira a escrever?
Roberto
Giancundino:
A Vida! Tudo! O que leio, vivo, penso, sinto, ouço e assisto! Às vezes escrever
é uma forma de gritar bem alto! É usar um megafone através das palavras.
Tomo
Literário:
Está
trabalhando em algum novo projeto literário? Pode nos contar?
Roberto
Giancundino:
Estou sim. Tenho dois livros já iniciados e inúmeras histórias “prontas na
cabeça” aguardando o momento de serem transferidas para o papel. Estou
escrevendo um romance policial cheio de mistérios e perseguição, ainda não
posso divulgar o titulo, mas aborda a história de uma psicóloga e uma policial
num jogo de gato e rato com uma organização criminosa que querem liquidá-las de
uma hora para outra e sem motivo aparente, e também estou trabalhando num livro
que trará novamente alguns personagens de O Lado Escuro da Madrugada, como
Sandra e seus parceiros, Doutor Matarazzo e detetive Rose numa história
aterradora e com muitas reviravoltas, e com uma trama que eu descreveria tão
hábil e ágil quanto a O Lado Escuro da Madrugada e com um final perturbador que
deixará o leitor alguns dias pensando sobre ele. Por enquanto é o que posso
adiantar.
Tomo
Literário:
Que
autores você recomenda ou quais autores influenciaram o seu trabalho como
escritor?
Roberto
Giancundino:
Como citado, indico todos de Marcos Rey, Pedro Bandeira, Stella Carr, Sidney
Sheldon, Agatha Christie, Harlan Coben e tem tantos outros que poderia
facilmente citar, mas a lista se estenderia muito.
Tomo
Literário:
Que
livros, de quaisquer gêneros, você indicaria aos leitores e de que maneira
esses livros te tocam?
Roberto
Giancundino:
Gosto muito de O Reverso da Medalha de Sheldon, Os Elefantes não Esquecem de
Agatha, Os Crimes do Olho de Boi, Doze horas de Terror e Sozinha no Mundo de
Marcos Rey, e As Cinco Pessoas que Você encontra no Céu de Mitch Albom
Tomo
Literário:
Quer
deixar algum comentário para os leitores?
Roberto
Giancundino:
Agradecer a todos os que tem lido e comentado, e convidar quem gosta de
aventura, ação, suspense e investigação a ler O Lado Escuro da Madrugada e
convidá-los também a curtir a pagina oficial Roberto Giacundino no Facebook e
Instagram, por lá respondo todos que entram em contato e sempre tem novidades
sendo postadas. Um agradecimento especial ao Tomo Literário pela oportunidade e
espaço cedido! Grande abraço e nos vemos por aí.
Foto: Divulgação |
Saiba
mais sobre o escritor
Roberto Giacundino
é natural de São Paulo, descobriu desde
criança o gosto pela leitura e o prazer de criar e escrever suas próprias
histórias. Aos dezesseis anos passou a colaborar para pequenos jornais e
periódicos de São Paulo, atuando como colunista de literatura e redigindo
reportagens sobre assuntos locais.
Formado em Gestão
de Recursos Humanos e com MBA em Gestão da Qualidade e Produtividade, ocupou
diversos cargos de liderança ao longo da carreira.
Mora com a esposa
e seus dois cachorros, Marley e Scooby.
O Lado Escuro da Madrugada
Quando um
famoso publicitário é assassinado no Teatro Municipal de São Paulo, após ser
premiado por uma campanha contra a discriminação racial e todo tipo de
preconceito, sua colega de emissora, a jornalista Sandra Garcia, decide tomar o
caso para si e descobrir a motivação do assassino, sem saber que este era
apenas o primeiro de uma série de outros assassinatos que seguiriam um padrão,
interligando as vítimas. Durante a investigação, vertentes inesperadas surgem:
teria seu colega sido assassinado por um dos funcionários do Teatro Municipal?
Ou por neonazistas buscando grotescos ideais? Ou, quem sabe, uma execução por
dívidas de entorpecentes? Acompanhada de três aliados: o irmão da vítima, um
novo e inusitado parceiro de investigações, e um jovem hacker, Sandra faz cair
as máscaras em seu caminho, pois as possibilidades são inúmeras e nada nem
ninguém é o que parece. Enquanto lutam com um assassino que parece sempre estar
dois passos à frente deles, ela é envolvida em uma rede de mistérios ao mesmo
tempo em que precisa lutar com fantasmas do passado ao desvelar uma conspiração
capaz de mudar sua vida por completo.
Disponível
na Saraiva | Amazon | Editora Pandorga
Curta a
fanpage do autor:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.