Foto: Divulgação Penalux |
“O cineasta Braz
Chediak sempre foi um precursor em tudo. Muito jovem, e numa época talvez a
mais obscura da recente História brasileira, deu voz aos personagens outsiders
da até então inédita e maldita obra do dramaturgo Plínio Marcos”, começa assim
o texto de apresentação do cineasta Luiz Carlos Lacerda, que assina a orelha do
novo livro de Chediak, diretor de Navalha
na Carne e Perdidos Numa
Noite Suja, extraídos da obra de Plínio Marcos, considerados
clássicos do moderno cinema brasileiro.
Chediak é também
responsável por levar às telas três peças inquietantes da obra de Nelson
Rodrigues: Perdoa-me por me traíres,
Álbum de Família e Bonitinha,
mas ordinária – este último um dos maiores sucessos do cinema
brasileiro de seu tempo – que impressionou vivamente o grande dramaturgo e,
também, já se tornaram clássicos da nossa cinematografia.
O Livro:
Braz Chediak
continua surpreendendo: acaba de lançar, pela Editora Penalux, Uma Corruíra na Varanda. “Crônicas
reveladoras de um estilo tão pessoal e subjetivo como nos seus filmes, marcadas
por um olhar amadurecido, primoroso, retirando do cotidiano que poderia passar
despercebido, preciosas lições de humanidade com a sua sensibilidade solidária
e poética – à semelhança dos primeiros modernistas... Nada escapa à sua
observação. Desde os diálogos que reproduz com a secura e o naturalismo de
Nelson Rodrigues, à apaixonada narrativa do flâneur João do Rio de A alma encantadora das ruas, e com o mesmo senso de humor dos
mineiros Fernando Sabino e Otto Lara Resende”, conclui Luiz Carlos Lacerda.
Chediak entrega em
seu novo livro um relicário de memórias, estórias, histórias, pensamentos que
nos conduz a uma terna conversa no estilo à boa tradição dos narradores orais
que estacam o leitor na velha encruzilhada da literatura:
Onde começa a ficção
e termina a realidade?
Não sabemos.
Uma Corruíra na Varanda, um livro para ler com leveza, sem pressa, como se estivéssemos diante de
uma exposição de afetos.
Serviço:
Título: Uma Corruíra na Varanda
Autor: Braz
Chediak
Tamanho: 14x21
Páginas: 186
Link para compra:
Foto: Fernando Lemos |
Sobre o Autor:
Braz Chediak
nasceu em Três Corações, MG. Em sua infância trabalhou como balconista,
engraxate, vendedor de laranjas em janelas de trens. Já no Rio de Janeiro,
trabalhou como bancário durante 2 meses e, em seguida, como secretário do então
senador Juscelino Kubitschek.
Deixou o trabalho
formal e ingressou no mundo artístico, trabalhando em peças teatrais e no
filme O homem que roubou a copa do
mundo (1961).
Com bolsa de
estudos concedida pelo Itamarati (100 dólares mensais) foi para a Itália onde
trabalhou como jornaleiro enquanto estudava cinema. Voltando ao Brasil,
trabalhou como ator, roteirista e diretor de cinema.
Como roteirista
escreveu A lei do cão, matador
profissional (1967) e
participou do roteiro de todos os filmes que dirigiu, tendo, inclusive,
parceria com Nelson Rodrigues.
Como diretor é
dele os clássicos Navalha na carne (1ª
versão, 1969), Dois perdidos numa
noite suja (1ª versão, 1970), Perdoa-me
por me traíres (1980) e Bonitinha,
mas ordinária (1981), entre muitos outros. Todos eles tiveram algum
tipo de problema com a censura da época, por tratarem de problemas como fome,
adultério, prostituição e outros temas então considerados tabus.
Seu conto “O
peixinho dourado” fez parte da antologia Crime feito em casa, organizada por Flávio Moreira da Costa (Record,
2005). Em 2011, publicou seu primeiro romance: Cortina de sangue(Mirabolante Editora).
De sua assídua
colaboração como cronista em diversos jornais mineiros, para os quais escreveu
mais de 400 crônicas, surge agora essa seleção de crônicas.
Atualmente vive em
sua cidade natal, onde dirige cursos de formação de atores e rege a Banda
Tricordiana composta por crianças da periferia da cidade.
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