Peterson Freitas é autor do livro O Último Beijo. Ele
falou ao Tomo Literário sobre o livro, novos projetos e muito mais. Confira.
Tomo
Literário:
Como
foi o início de suas incursões pelo meio literário?
Peterson
Freitas: Desde
pequeno sempre tive uma mente criativa para escrever histórias, me formei no
campo das ciências exatas, mesmo assim minha paixão pela literatura é ainda
maior e foi através do incentivo de amigos, dentre eles, hoje, minha atual
esposa, que procurei seguir a carreira como escritor.
Tomo
Literário:
Como
surgiu a ideia do seu livro O Último Beijo?
Peterson
Freitas: Sou
aficionado por filmes, ficção e histórias de vampiros, mas quando assistimos a
um filme de vampiros geralmente encontramos seres que só bebem sangue e deixam
os corpos no chão. Certo dia tive a ideia de criar um conto diferente de tudo
que já tinha visto quebrando esse clichê e pensei comigo mesmo: “Porque não
criar uma história com um vampiro se confessando a um padre dentro de sua
igreja?” E foi daí que surgiu a ideia de toda trama do livro O Último Beijo.
Uma história com muita teologia, filosofia, moralismo envolto de muita ficção,
com momentos tensos e intensos.
Tomo
Literário:
Quanto
tempo levou todo o processo desde a escrita até a publicação? Qual foi a parte
mais complexa do processo?
Peterson
Freitas: O
livro demorou 11 anos para ser escrito e mais 3 anos para ser publicado. Meu
primeiro obstáculo foi perder as quase 100 páginas escritas, me desestimulando.
Depois de 6 anos conversando com os amigos sobre as ideias que eu tinha para
esse livro todos ficaram entusiasmados e me incentivaram a voltar a escrever,
mas daí tive um segundo obstáculo, minha primeira filha nasceu com sérios
problemas de saúde e ficou internada depois de 11 meses. Foi uma fase muito
dura, mas com ela aprendi a lutar pela vida e o personagem central do livro se
baseia na mesma fé e esperança que enxerguei em minha filha, por isso o
subtítulo do livro: “E ainda há pessoas que não acreditam em milagres”. Ela me
ensinou a nunca desistir de nossos sonhos e desde então prometi que sempre
faria de tudo em seu nome. Mas a vida adulta é cheia de responsabilidades,
mesmo demorando muitos anos para escrever nunca mais desisti de meus projetos.
Tomo
Literário: Para vocês, quais são os
desafios que os escritores tem enfrentado no mercado brasileiro?
Peterson
Freitas: Em minha opinião
ainda existe certo preconceito das pessoas, pois muitos preferem comprar livros
traduzidos e de certa forma isso enfraquece nossa cultura, mas com o avanço da
internet houve muitas portas abertas para que as pessoas pudessem tirar seus
textos das gavetas e muitas editoras surgiram com o foco voltado para novos
escritores. O Brasil está crescendo, mesmo de um a forma tímida, mas ainda
estamos longe de ser uma referência.
Tomo
Literário:
Você
tem outros dois livros preparados. Pode nos falar sobre eles?
Peterson
Freitas: Claro,
na verdade tenho muito mais do que dois. Enquanto escrevia o livro O Último
Beijo, fui abrindo a história de tal forma que no meio do caminho já rascunhei
uma trilogia, mas depois eu abri ainda mais espaço para criar uma Saga. O
próximo livro que pretendo lançar se chamará O anjo caído Semihazah, que é,
digamos, um complemento de uma ponta solta que fica na história do Último
Beijo, e ainda terá um terceiro para fechar essa trilogia, mas esse terceiro
livro abrirá outras ramificações para complementar a história em detalhes sobre
o surgimentos dos diversos personagens que o leitor irá se deparar.
Um dos originais que também tenho pronto e
preparando para lançamento se chamará Gabrielle, os anjos também choram. A
história relata a vida da minha filha falecida em um mundo totalmente fictício,
uma guerra explode no mundo espiritual e o destino de todos está nas mãos do
anjo Gabrielle, uma homenagem que escrevi em seu nome. O livro, para mim, saiu
pequeno, para alguns talvez seja grande, mas ele é apenas metade de todos os
outros, pois a emoção em escrevê-lo foi muito forte e temi não conseguir terminar
(risos).
Tomo
Literário:
Que
autores você recomenda ou quais autores influenciaram o seu trabalho como
escritor?
Peterson
Freitas: Sou
fã de dois Autores: André Vianco e Raphael Draccon. A literatura de André Vianco é voltado ao meu
gosto, suspense e terror (e muitas histórias de vampiros, onde ele também
quebrou os clichês com características próprias em suas personagens). Raphael Draccon, sua trilogia Dragões de
Ether, para mim foi incrível. Uma releitura dos contos de fadas em uma versão
mais adulto/juvenil. Dois autores que me influenciam muito.
Tomo
Literário:
Que
livros, de quaisquer gêneros, você indicaria aos leitores e de que maneira
esses livros te tocam?
Peterson
Freitas: Como já citado antes.
A Saga de Os Sete do autor André Vianco e Dragões de Ether do autor Raphael
Draccon. Pelo simples motivo deles “pensarem fora da caixa”, por assim dizer.
Foto: Reprodução |
Tomo
Literário:
Quer
deixar algum comentário para os leitores?
Peterson
Freitas: Gostaria
de citar duas frases, minha filosofia de vida, não só aos leitores como também
aos aspirantes a novos escritores.
“Antes do desejo de vencer devemos ter a
coragem de começar”.
“Devemos acreditar sempre no impossível, e
nunca no improvável”.
Saiba
um pouco mais sobre o autor
Peterson Freitas é nascido em São Bernardo do
Campo – SP, em 1980. Mesmo formado na área de exatas adora livros de literatura
fantástica, ficção, histórias de vampiro, games, filmes e jogos de RPG.
Desde a infância mostrou certa criatividade
para o desenvolvimento de histórias e ao longo dos anos seus amigos o
incentivaram a escrever.
Iniciou o projeto de seu primeiro livro em
2003 e perdeu metade de seu trabalho em um acidente e apenas em 2009 retomou a
reescrita, terminando seu conteúdo no final de 2014 e lançando sua obra em 2017.
Conheça
o livro do autor
O Último Beijo
Estando no confessionário com Padre Alexandre
para lhe revelar sobre as experiências de seu passado, Marcílio Mosset relata o
quanto as pessoas são ignorantes para os fatos que cercam o mundo com situações
que os livros históricos e a religião se contradizem e a verdade é algo que nem
mesmo o maior historiador do mundo seria capaz de contar. Desde seus oito anos
de idade teve uma vida depressiva e isso contribuiu para que despertasse seu
talento a arte, mas agora convive com a maldição de ser um vampiro e acredita
ser diferente dos outros, o que o estimula a lutar diariamente contra seu maior
inimigo, a besta interior, a fome. Ele se envolve em uma guerra da qual as
criaturas místicas que os contos são capazes de descrever, talvez mesmo de
forma incorreta, mas que existe, em uma realidade tão distorcida onde a
imaginação poderia nos levar a pensar na possibilidade de anjos caírem dos céus
e os demônios subirem a terra para uma batalha épica jamais vista em toda
história da humanidade. Marcilio Mosset está convicto de que seja capaz de
receber o perdão de Deus e acredita que Ele ainda deseje salvar sua alma. E
ainda há pessoas que não acreditam em milagres.
Disponível no Clube de Autores | Amazon | AGBook
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