Ela tem cinco livros
publicados e está vindo mais por aí. Não ganhou asas de libélula, como desejava
na adolescência, mas escreveu sobre elas. Psicóloga e viciada em livros, a
escritora Juliana Daglio concedeu entrevista ao Tomo Literário. Confira:
Tomo
Literário: Conte-nos um pouco sobre sua carreira como escritora. Como foi?
Juliana
Daglio:
Desde pequena eu sempre nutri uma paixão por histórias. Acho que meu desejo
nasceu desde muito, muito cedo. Em 2009, então com 19 anos e no meu segundo ano
de faculdade, resolvi transpor esse desejo de contar minha própria história
para o papel. Foram longos anos tentando aprimorar, lapidar e aprender
técnicas. Concluí a faculdade e, junto, a primeira versão de Uma Canção para a
Libélula. Porém não decidi pela publicação ainda. Estava insegura e sabia que o
original precisava de melhorias. Ele só veio a ser publicado em 2014, e então
tudo começou. Desde então, foram 5 livros publicados, e tantos outros escritos.
Conheci pessoas maravilhosas, fiz contatos e parcerias que vou levar pra vida
toda. Espero continuar nessa por muitos anos ainda.
Tomo
Literário:
Suas personagens protagonistas tem a inicial
“V”. O que a levou a imprimir essa marca?
Juliana
Daglio:
O mistério das V´s veio de uma promessa que eu fiz, logo que comecei a
escrever. Tenho uma meta de vida, e quando eu alcançar, só aí, poderei revelar
o segredo por trás disso. É um motivo muito simbólico pra mim, e muito
importante. :D
Tomo
Literário:
Como
psicóloga você deve ter contato com inúmeras histórias. Ajuda a traçar o perfil
de seus personagens?
Juliana
Daglio:
Acho que o estudo das técnicas e teorias psicológicas sim, mas as histórias dos
pacientes, eu costumo deixar protegidas, numa amalgama cheia de amor dentro do
meu coração. Não podemos medir o quanto de influência inconsciente tem em tudo
o que fazemos, mas eu costumo separar bem as histórias dos pacientes e a dos
personagens. Gosto de pensar que cada um tem seu lugar especial na minha vida.
Tomo
Literário:
Quais
foram os maiores desafios pelos quais você passou ao escrever e publicar seus
livros?
Juliana
Daglio:
Primeiramente o caráter pessoal do meu primeiro livro – Uma Canção para a
Libélula. Tive que enfrentar a ideia de que as pessoas poderiam me conhecer
através do livro, mesmo que tudo parecesse meramente ficcional. Mas agora que
consegui enfrentar esse grande fantasma, cada livro que consigo publicar, vivo
intensamente a emoção, feito criança. É uma alegria que não tem preço.
Tomo
Literário:
Está
trabalhando em algum projeto literário? Pode nos contar?
Juliana
Daglio:
Acabei de fechar Lacrymosa e ele está em processo de procura por uma casa
editorial. Tenho mais um livro em andamento, o gênero também é terror, mas com
boas doses de drama para o público mais adulto. E agora estou envolvida num
projeto conjunto com autores da Agência Increasy, com noveletas que giram em
torno de um tema – secreto ainda -, mas que vai ser lançado muito em breve.
<3 Os projetos não pararam!
E claro, tem a Antologia Postumus, que está
para entrar em fase de preparação de texto e revisão, sem data de lançamento ainda.
Tomo
Literário:
Qual
o maior sonho da escritora Juliana Daglio?
Juliana
Daglio: Fazer
a diferença da vida de um leitor. Saber que minhas histórias estão contribuindo
para algo bom e alcançando mais pessoas. Acho que isso é o meu sonho constante
e o que me movimenta, dia a dia. Até nos enredos de terror eu busco passar algo
que possa ajudar as pessoas, nem que sejam momentos intensos de entretenimento
que as leve para longe dos problemas da vida. Os leitores são meu maior presente.
<3
Tomo
Literário:
Quais
autores te influenciaram ou te inspiram?
Juliana Daglio: Carlos Ruíz Zafón, Stephen King, Markus Zuzak, Clarice Lispector, Virgínia
Wolf, Robert Louis Stenvenson, Mary Shelley. Ah, vou ficar falando o dia todos
deles. Gosto de manter a lista de leitura bem diversificada, mas sempre tem um
desses aí junto na minha cabeceira. São leituras magistrais que eu recomento
para todos.
Tomo
Literário:
Que
livros, de quaisquer gêneros, você recomenda aos leitores? De que forma eles te
tocam?
Juliana
Daglio: Eu
gosto de pensar que todos os livros são inspiradores de alguma forma. Não
importa o gênero, ou se é ficção ou não ficção. O que importa é ler, e absorver
o que puder da experiência. Tenho mais afinidade com Suspense Psicológico de
Dramas carregados de intrigas, conflitos, mas leio de tudo e tiro de cada livro
uma mensagem e um aprendizado diferente. Acho que LER LER LER é meu mantra e
meu desejo para todos!
Tomo
Literário:
Gostaria
de deixar algum comentário para os leitores?
Juliana
Daglio:
Galera, obrigada pela oportunidade e por terem lido até aqui. E obrigada ao Tomo
Literário pela oportunidade preciosa e pela paciência em esperar as respostas.
Foi uma alegria e um prazer participar aqui do blog.
Muito sucesso e muitos livros para todos!
<3
Tomo
Literário:
Eu é que agradeço pela gentileza em
conceder a entrevista.
Foto: Reprodução |
Um
pouco mais sobre a autora:
Vinte e poucos anos,
Psicóloga Clínica, apaixonada por Psicanálise, viciada em Livros e amante do
Rock Britânico. Desde criança foi vidrada em faz de conta e inventava inúmeros
personagens para conversar. Assistia a filmes sobre vampiros já aos seis anos,
mesmo que tivesse que se esconder atrás do sofá. Na adolescência, dizia que
iria ser uma Libélula. Hoje em dia se diz uma adulta confusa, que ainda adora
vampiros, não ganhou asas de libélula, mas escreveu um livro sobre elas,
transformando seus personagens inventados em pessoas reais, embora sejam feitas
de tinta e papel.
Conheça os livros de Juliana
Daglio:
O Lago Negro
Verônica é uma garota problemática marcada
por um passado traumático do qual mal se lembra, mas que lhe tirou o direito à
total sanidade. Ao se mudar para o interior, depois de passar no vestibular,
ela se depara com o local perfeito para se inspirar e, finalmente, transformar
seus personagens imaginários em um livro. Lagoana é uma cidade nebulosa, úmida,
habitada por almas quietas e pouco amigáveis. Porém, o clima obscuro não
despertará somente a criatividade, mas também acordará seus fantasmas mais
profundos. Prestes a perder o controle sobre sua trama e sua mente, Verônica
conhece um estrangeiro de sorriso cafajeste e olhos azuis e, desconfiada de
suas intenções, ela guarda segredo quanto ao seu livro, mas não sabe que Liam
também tem os seus. Verônica nem desconfia, mas eles podem ser a chave para os
mistérios que a rondaram durante toda sua vida. Assim, o lago negro de sua
imaginação será, definitivamente, o estopim para toda sua loucura emergir. O
que será que ele esconde no fundo de suas águas escuras?
Submersão
Para Verônica Cattani os monstros que tanto
tememos e desconhecemos não vivem embaixo da cama, ou atrás dos armários, muito
menos em filmes de Terror – eles vivem dentro de sua própria mente.
Depois de se mudar pra Lagoana e descobrir
que sua memória esconde enigmas ainda mais profundos, ela se vê frente a frente
com pessoas que nem imaginava fazerem parte de seu passado. Em seus textos,
estão todas respostas e a família Caprini parece temer tantos seus significados
quanto ela os teme.
Liam não tem mais segredos. O garoto da capa
vermelha saiu de seus sonhos, retornou para seu presente, e enfrenta os Caprini
com costas eretas e um cinismo único. Ele é a única coisa que a impede de
mergulhar agora. Seu pedaço de sanidade numa mente caótica. Porém o Anjo de Asas
Douradas está prestes a se revelar, trazendo em seu poder algo que será difícil
recusar: a oportunidade de saber o que existe nas profundezas.
Profundezas Sombrias
Um transe hipnótico irá finalmente colocar Verônica
nas profundezas de sua mente. O habilidoso mentalista Drake Carballo conhece
todos os caminhos de suas memórias reprimidas e irá auxiliá-la a encontrar
respostas para o grande mistério de Lagoana, assim como as razões que levaram
seu pai, Andréas Cattani, a envolvê-la na trama de assassinatos da família
Caprini.
Drake
revela a Liam tudo sobre a loucura de V, tencionado a mexer com seus
sentimentos, e mesmo desconfiando do outro com todos os seus instintos, Liam
está disposto a ceder até que a submersão se complete. Porém as horas ao lado
do misterioso homem podem mudar tudo, já que o mesmo parece ter a estranha
habilidade de desvendar os recantos mais obscuros e vergonhosos de seus
interlocutores – ou seriam vítimas? – obrigando Liam a enfrentar o seu próprio
passado, bem como os monstros que estão escondidos nas escamas de sua
personalidade. Nosso protagonista se vê diante de um impasse: proteger a garota
que ama, ou deixá-la livre para mergulhar sozinha.
Essa alucinante jornada de Verônica levará os leitores a um mundo fantástico que poderá revelar não só os segredos que ela guarda, mas também a reflexões profundas sobre si mesmos. Afinal, o que você guarda nos lugares mais recônditos de sua mente?
Uma Canção para a Libélula – Volume 1
Era uma comum primavera numa fazenda
qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram
pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é
marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em
seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa
vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista,
porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um
reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia
terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu
conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista
de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta.
Uma Canção para a Libélula – Volume 2
Um segredo antigo, uma alma conturbada, uma
comprida escada. Valéria agora está de frente com a verdade e com uma velha
amiga, a Loucura. Depois de um final aterrador, Uma Canção para a Libélula -
parte I, deixou leitores ansiosos pela sua continuação. A história da jovem
pianista Vanessa, e sua luta contra a Vilã Cinzenta, conquistou corações pelo
Brasil inteiro e agora tem seu desfecho. A Menina que se encontrou com a
Libélula viveu um sofrimento extremo, mergulhando em sua alma obscura para n os
contar sua história. entro de um casulo escuro os segredos permeiam,
envenenando toda a existência dessa família marcada por uma morte precoce.
Diante das rachaduras há uma descoberta incrível: asas de diamante, um voo alto
em meio às nuvens de um entardecer cor de algodão doce, e o encontro mais
importante de uma existência. Seja forte agora, mas não contenha suas lágrimas.
Ouça a Canção até o final.
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Juliana Daglio no Facebook:
Parabéns aos dois pela entrevista. A Ju tem grande talento e é super simpática. É um imenso prazer agora poder trabalhar com ela.
ResponderExcluirGente, esse post ficou lindo demais!! Sem palavras para agradecer esse carinho e toda oportunidade que me deram aqui no Tomo Literário. Foi um prazer e uma honra <3 <3
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