Recebi da Editora Tordesilhas o livro Um Amor
de Swann, de Marcel Proust.
Esta obra narra o amor obsessivo de Swann,
homem culto da aristocracia francesa, por Odette, mulher fútil de reputação
duvidosa. De simples caso desinteressado, a relação evolui para algo que toma
conta da vida do protagonista. Ao narrar a história de Swann e Odette, a obra
ultrapassa a descrição de uma simples história de amor para revelar
gradualmente a complexidade dos sentimentos, da memória e do tempo. Um amor de
Swann é a porta de entrada para a monumental obra de um dos maiores escritores
do século XX.
O prefácio é de Marcelo Jacques de Moraes,
professor da UFRJ, em que trata de aspectos da obra proustiana como a
rememoração e da importância de Um amor de Swann como porta de entrada fecunda
para a obra de Proust, sensibilizando o leitor para as grandes questões do romance.
Sobre a
obra
Um amor
de Swann
é a porta de entrada para a monumental obra de um dos maiores escritores do
século XX. Ao narrar a história de Swann e Odette, a obra ultrapassa a
descrição de uma simples história de amor para revelar gradualmente a
complexidade dos sentimentos, da memória e do tempo – as bases do universo
proustiano.
Trata-se da segunda das três partes de No caminho de Swann, o primeiro dos sete
volumes de Em busca do tempo perdido,
uma das maiores obras da literatura universal, escrita entre 1908 e 1922. Além
de Um amor de Swann, No caminho de Swann possui mais duas partes:
Combray e Nomes de terras: o nome.
É o único episódio de toda a obra Em busca do tempo perdido narrado em 3a.
pessoa, tendo Swann como protagonista. Solteirão convicto de grande reputação
intelectual, dado a muitos casos amorosos, Swann acaba se apaixonando perdidamente
por Odette, moça de classe social inferior e de reputação duvidosa. Através
da história de uma atração que se torna afeto, amor, obsessão, o narrador escancara
como algumas relações interpessoais se constroem. Cenas como as do médico se
esforçando para não demonstrar sua imensa insegurança em reuniões sociais ou da
sra. Verdurin sendo prepotente para disfarçar seus medos, momentos em que se
percebe como o olhar de Odette valoriza o parecer em vez do ser, entre outras,
são apresentadas com a ironia proustiana típica, revelando muitos tipos comuns tanto
na sociedade do século XXI quanto naqueles convivas do clãzinho dos Verdurin em
pleno século XIX.
Nesta tradução, o texto foi restituído de seu
humor original, baseado em vocabulário e ritmo que permitem ao leitor deduzir
em que tom os personagens falam. Tradicionalmente (e não apenas para o
português), os textos traduzidos soam convencionais, o que não acontece com o
original, tido como uma das obras de maior ousadia formal da história da
literatura. A presente tradução devolve ao texto brasileiro os pontos de
estranhamento planejados por Proust, como o afastamento dos usos cristalizados
dos tempos verbais do francês (de forma a redefinir a experiência da narrativa
e criar efeitos de sentidos inesperados para o leitor) e a pontuação, ditada
muito mais pelo ritmo que pela gramática.
Sobre o
autor
Marcel Proust (1871–1922), filho de uma
abastada família parisiense, frequenta os salões mais badalados da capital
francesa e leva uma vida social dinâmica. Ao fim do século XIX, abalado pelo
diagnóstico de asma crônica e pela morte da mãe, passa a viver extremamente
recluso, dedicando a maioria do tempo à composição de Em busca do tempo perdido.
Ficou famoso sobretudo pela inovação estilística e linguística de sua prosa,
assim como pela franqueza e pelo tino com que lidou com temas como amor,
política e homossexualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.