Jovens
poetas que escrevem nas redes sociais ganham vez e voz no atual cenário
literário
Não é nenhuma
novidade que as redes sociais têm revelado muitos jovens talentos no campo da
escrita. Um dos casos mais famosos é o do publicitário Pedro Gabriel, cuja
página “Eu me chamo Antônio” se transformou em livro de sucesso por meio de uma
grande editora.
Douglas Jefferson,
jovem estudante de filosofia do interior paulista, e a paraibana Ester Barroso,
estudante do curso de Letras, também são claros exemplos desse processo. Ambos
são responsáveis por uma página em crescente ascensão nas paragens do Facebook.
A fanpage já conta com quase 2
milhões de seguidores (isto mesmo: dois milhões!). A página tem prioritariamente
uma função difusora de textos literários, em sua grande maioria de autorias
diversas. Mas os dois também são poetas e publicam seus textos neste espaço
cibernético batizado com o nome de “Moça, você é mais poesia que mulher”. (
A página pode ser
acessada através do link:
Do virtual ao impresso
Eles também fazem
parte dos autores que começam publicando na Internet e não demoram a alcançar a
publicação em livro.
“Nascente” é a primeira a obra
dos dois, uma coletânea conjunta que reúne uma seleção de seus poemas mais
inspirados. Poemas que misturam inquietações lírico-românticas com crítica
social.
Como a bela flor
ilustrada na capa do livro – que germina, desponta e desabrocha – esta
antologia dupla representa o momento em que a poesia, ainda que amadora, é
sentida, lapidada e finalmente nascida do âmago de quem se faz poeta.
A poesia da fome
Outro jovem
talento que despontou na Internet, destacadamente na mesma rede social, é o
paulistano André D’Soares, que estreou em 2016 com um livro de contos (Cheiro de Mofo, Penalux).
Seu segundo livro,
uma coletânea poética cuja irreverência já se estampa no título – “Poemas que escrevi com fome” –, tem
conquistado, pela força crua de seus poemas, muitos leitores desde o seu
lançamento em maio deste ano.
André é um
escritor nascido e crescido na periferia da grande São Paulo, onde ainda vive
em meio a inúmeras dificuldades. Neste ambiente muitas vezes hostil para quem
sonha com literatura, o escritor extrai a matéria-prima para sua escrita, na
qual destila um humor corrosivo e, por vezes, um senso de realidade
que beira o
pessimismo.
Iniciativas como
essas da Editora Penalux não só dão voz e vez a jovens talentos, mas,
sobretudo, quem sabe, tragam a eles uma perspectiva de um futuro melhor.
Sobre os autores
Ester Barroso é
natural de Campina Grande, Paraíba, e desenvolveu o gosto pela escrita em 2014,
quando deu início a projetos de poesia e literatura nas redes sociais. É
escritora, estudante de Letras Português pela Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB) e idealizadora das páginas Moça, você é mais poesia que mulher e Elas na
Literatura e também escreve para a Poesia que te pariu.
Douglas Jefferson, natural de Taubaté, São Paulo, escreve desde bem pequeno. Da infância,
usando lápis e cadernos, passou a usar uma velha máquina de escrever na
adolescência. É estudante de Filosofia na Faculdade Dehoniana e idealizador do
projeto Caixa Carpe Diem, presente atualmente em sete países e em todos os
Estados do Brasil, além de coadministrador da página Moça, você é mais poesia que
mulher. Sagrou-se vencedor do segundo lugar no VI Concurso Nacional Pérolas da
Literatura, na categoria poesia adulto.
André
D’ Soares,
25 anos, autor do livro de contos Cheiro
de Mofo, nasceu em São Paulo, em meio à pobreza. Começou a escrever, como
refúgio, após perder o seu irmão em 2014.
Ficha técnica dos livros:
Título: Nascente (poesia)
Autores: Ester
Barroso e Douglas Jefferson
Publicação: 2017
Páginas: 126
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Título:
Poesias que escrevi com fome
Autor: André D’ Soares
Publicação:
Tamanho:
Páginas: 110
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Release/Fonte: Carlos Saldanha, redator cultural.
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