Mayke Moraes saiu do Brasil pela primeira vez aos 27 anos e, desde
então, não quis mais saber de ficar no mesmo lugar
Viajar pelo mundo
faz com que as pessoas entrem em contato com povos totalmente diferentes,
provem comidas exóticas e, acima de tudo, sigam um roteiro guiado pelo próprio
destino. Por acreditar nisso, o mineiro de Varginha Mayke Moraes tomou coragem,
adotou esse estilo de vida e, agora, decidiu contar toda a sua experiência por
54 países em um livro: “Viajar: Eu Preciso!”, lançamento da
Buzz Editora.
Em busca de
autoconhecimento e fuga da zona de conforto, Mayke se jogou no mundo. Primeiro,
se arriscou como babá numa cidade do Alasca, onde enfrentou muito frio durante
dois anos e teve a sua primeira experiência com a caça: “O anfitrião da casa em que estava me chamou para caçar. Eles abateram
um alce, e eu fui o responsável por levar a carcaça do animal até o carro. Ao
longo de todo o trajeto, minha espinha congelava – não só pelo frio, mas pelo
medo de um ataque de lobos, que ficam à espreita na mata”, conta Mayke. “Se eu carregava algum preconceito em relação
à caça, entendi naquele momento a lógica daquilo: caçar é o método de busca por
alimento mais antigo da humanidade. É disso que se trata”.
Depois dos Estados
Unidos, os destinos escolhidos – e as histórias vividas - passaram a ser cada
vez mais exóticos: Coreia do Sul, onde provou carne de cachorro; Cuba, onde
participou de um reality show; Índia, onde conheceu o “Templo dos Ratos”;
Marrocos, onde acampou em pleno Deserto do Saara, além de Egito, Kosovo,
Bósnia-Herzegovina e mais dezenas de países.
Apesar de tanta
bagagem cultural, a jornada de Mayke pelo exterior não começou tão cedo assim.
A primeira vez que ele saiu do Brasil foi aos 27 anos, quando percebeu que era
hora de se transformar e encarar os medos de frente. “Nunca tive paz naquilo que era seguro ou certo. Meu espírito clamava
por liberdade, mesmo sem saber como seria essa conquista. Quando consegui dar
esse passo rumo ao desconhecido, sedento por me alimentar da vida que pulsava
em cada canto do planeta, conheci a paz”.
Dividido em três
capítulos, o livro também compila muitas informações culturais, como por que os
coreanos sempre utilizam hashi de metal e não de madeira, por que os indianos
não comem carne de vaca mesmo sendo tão abundante por lá ou como a Tailândia
conseguiu se reerguer depois do Tsunami de 2004, que matou mais de cinco mil
pessoas apenas no país.
“Viajar: Eu
Preciso!” reúne as percepções pessoais de um aventureiro e
prova que viajar é mesmo o melhor e mais divertido jeito de amadurecer. “É difícil julgar o que é certo ou errado
quando se trata de avaliar hábitos de uma cultura local. Podemos achar que
estamos certos, quando, na verdade, vemos outras culturas sob a nossa
perspectiva, tão limitada”, resume ele.
Site da Editora: www.buzzeditora.com
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