Peter Pan foi
escrito por J.M. Barrie. Em 1867 seu irmão David sofreu um acidente e morreu.
De certa forma isso ficou no imaginário do autor, uma vez que aquele irmão
fixaria a imagem de um garoto que nunca cresceu.
Wendy, João e
Miguel são os filhos do Sr. e da Sra. Darling. Eles vivem numa casa e as
crianças tem uma babá que é uma cachorrinha de nome Naná. O pai é meio rude e
vive a fazer as contas para manter a família, a mãe aparentemente é mais
maleável.
Certo dia um
inusitado personagem aparece na vida daquela casa, mais precisamente para
Wendy. O nome dele: Peter Pan. Ao contar para a mãe, esta se lembra de
histórias sobre um tal Peter Pan, que ouvia na infância. Diziam até que era um
menino que conduzia outras crianças quando elas morriam.
“Wendy olhou-o com intensa admiração e Peter achou
que era porque ele tinha fugido, mas, na verdade, era porque ele conhecia
fadas.”
Seria imaginação
da menina? Eis que a mãe também se depara com ele e sua sombra fica presa
na casa. A fada Sininho vem tentar resgatar a sombra de Peter. E ele tem a
oportunidade de se aproximar da criança Wendy.
Peter, Wendy, os
irmãos e a fada vão para a tão falada Terra do Nunca, que seria a Ilha em que
Peter Pan, o menino que não sabe sua idade e que fugiu quando nasceu, habita. "Segunda à direita, e direto até amanhã
de manhã", eis o endereço que Peter Pan relata em relação à
localização do seu lar.
Lá na Terra do
Nunca eles vão viver uma série de aventuras, incluindo algumas envolvendo o
pirata Capitão Gancho (o antagonista do menino). Ali Wendy vai assumir o papel
de mãe dos meninos perdidos e de seus próprios irmãos e vai também ser posta a
prova pelo ciúme de Sininho em relação a Peter Pan. E, claro, não faltam
conflitos e enfrentamentos entre o grupo de crianças e o temível pirata que tem
um gancho no lugar da mão.
Nem tudo será
apenas brincadeira. A fantasia, o sonho, a magia que envolve essa
"independência" também tem seu revés. A existência de Peter é um
mistério. Ele pouco fala sobre o seu passado, mas há certa mágoa em pontos que
ele revela coisas sutis sem muito detalhamento. Mas uma coisa é certa: ele não
quer crescer, quer continuar criança.
“Todas as crianças crescem, menos uma.”
Peter Pan é a
personificação daquele que não quer crescer, não quer se tornar adulto. Na
constituição do personagem há o contraditório. Do mesmo modo que ele é capaz de
expressar inocência, ingenuidade e bondade, tem também em suas ações muita
rebeldia, agressividade e violência. Esse paradoxo está em plano secundário,
mas as aventuras do garoto envolvem até morte. Reside nesse menino a “crueldade”
do adulto e a “pureza” da criança.
Conforme citado na
apresentação do livro Peter Pan pode ter surgido de brincadeiras que o autor
fazia com os filhos do casal Sylvia e Arthur Llewelyn Davies. Eles se
encontravam quando Barrie passeava com seu cão no Kensington Garden.
Wendy, a jovem menina,
assim como Peter Pan, expressa também papel de adulto. Ela tem essa função
quando se torna protetora e age como mãe para os Meninos Perdidos e seus
irmãos. Por outro lado, parece que, a medida que o tempo avança, seus pais
parecem ficar cada vez menos presente em seus pensamentos, embora houvesse uma
esperança de que eles a esperavam.
De certo que
muitas pessoas conhecem Peter Pan e suas aventuras pelas lentes de animações e
outras tantas versões que são lançadas e adaptadas (no cimena, na literatura,
no teatro). No Brasil, por exemplo, o personagem foi apresentado por Monteiro
Lobato; que fez sua versão em 1930.
O livro publicado
pela Zahar em 2013 traz o texto integral, em edição de luxo e de bolso (capa
dura) e conta com tradução de Julia Romeu. Faz parte da coleção Clássicos
Zahar, que traz ao público textos da literatura mundial.
Um livro para
encantar e encher de magia tanto crianças, quanto adultos, jovens e maduros.
Peter Pan consegue atingir todos os públicos pela fantasia que envolve. Ele tem
em seu jeito único e controverso algo que é capaz de agradar a todos os
públicos. Peter Pan suscita a vontade do adulto de manter-se livre do que
oprime, censura e obriga.
Foto: Reprodução |
Sobre o autor
James Barrie
nasceu na Escócia, em 9 de maio de 1860. Depois de formado em litertura pela
Universidade de Edimburgo, mudou-se para Londres. Seu primeiro romance foi
Better Dead (1887). Barrie começou ganhando a vida como jornalista freelancer. Criou
uma história chamada The Boy Castaways of Black Lake Island, que é considerado
o mais antigo esboço de Peter Pan, e que hoje está na Biblioteca Beinecke, em
New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos. Em 1902 escreveu The Little White
Bird. Dois anos depois levou ao palco do teatro a peça Peter Pan, or The Boy
Who Wouldn’t Grow Up. Foi em 1911 que ele escreveu o livro em prosa chamado
Peter and Wendy, depois renomeado Peter Pan.
Ficha Técnica
Título: Peter Pan
Escritor: J. M. Barrie
Editora: Zahar
Edição: 1ª
ISBN: 978-85-378-1153-5
Número de Páginas: 253
Ano: 2013
Assunto: Literatura infantojuvenil inglesa
Título: Peter Pan
Escritor: J. M. Barrie
Editora: Zahar
Edição: 1ª
ISBN: 978-85-378-1153-5
Número de Páginas: 253
Ano: 2013
Assunto: Literatura infantojuvenil inglesa
Que resenha linda!! Adorei! Eu estou lendo ainda, o da nova edição da Martin Claret, mas sempre achei o Peter Pan um personagem intrigante! <3
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Que resenha maravilhosa! Li também e recomendo! Atualmente, estou lendo Rei Arthur de Howard Pyle, mais um clássico da Editora ZAHAR. O Corcunda de Notre Dame e Contos de Fadas dessa editora são livros maravilhosos também! Amo clássicos!
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