Uma lista com 10 livros que falam sobre o ato de escrever ou sobre o ato de ler. Você é leitor? Escritor? Escritor leitor? Leitor escritor? Confira a lista. Caso conheça algum outro livro que não figure entre os mencionados deixe no comentário.
Boa leitura! E boa escrita!
Boa leitura! E boa escrita!
Autor: Stephen King
Editora:
Suma de Letras
Eleito pela Time
Magazine um dos 100 melhores livros de não ficção de todos os tempos e vencedor
dos prêmios BRAM STOKER e LOCUS na categoria Melhor Não Ficção, Sobre a escrita
— A arte em memórias - é uma obra extraordinária de um dos autores mais
bem-sucedidos de todos os tempos, uma verdadeira aula sobre a arte das
letras.
O livro também não deixa de lado as memórias e experiências do mestre do terror: desde a infância até o batalhado início da carreira literária, o alcoolismo, o acidente quase fatal em 1999 e como a vontade de escrever e de viver ajudou em sua recuperação. Com uma visão prática e interessante da profissão de escritor, incluindo as ferramentas básicas que todo aspirante a autor deve possuir, Stephen King baseia seus conselhos em memórias vívidas da infância e nas experiências do início da carreira: os livros e filmes que o influenciaram na juventude; seu processo criativo de transformar uma nova ideia em um novo livro; os acontecimentos que inspiraram seu primeiro sucesso: Carrie, a estranha. Pela primeira vez, eis uma autobiografia íntima, um retrato da vida familiar de King.
Ao mesmo tempo um álbum de memórias e uma aula apaixonante, Sobre a escrita irradia energia e emoção no assunto predileto de King: literatura. A leitura perfeita para fãs, escritores e qualquer um que goste de uma história bem-contada.
Autor:
Émile Faguet
Editora:
Casa da Palavra
Certa vez, o escritor e filósofo francês Voltaire
disse: 'Lê-se muito pouco. E, entre os que desejam se instruir, a maioria lê
muito mal.' Voltaire talvez repensasse essa afirmação se soubesse que essa
maioria que 'lê muito mal' simplesmente o faz por não saber como ler.
Isso quer dizer que a leitura nada mais é do que técnica? Sim, e não apenas uma, mas um conjunto delas - é o que afirma Émile Faguet, autor de A arte de ler, que chega às livrarias com o selo da editora Casa da Palavra, traduzido por Adriana Lisboa.
Escrito no início do século XX, o livro permanece atual depois de 100 anos após sua primeira publicação (1911), principalmente quando se leva em conta o excesso de informação dos dias atuais, em que a otimização da leitura se faz oportuna. 'A arte de ler é a arte de pensar com um pouco de ajuda', disse Faguet. Dessa forma, o autor sugere o primeiro passo para um melhor aproveitamento de qualquer livro: identificar os objetivos da leitura e os diferentes tipos de livros, bem como suas particularidades.
Diversas artes para diferentes livros. Um livro científico possui um objetivo completamente diferente do de um livro de poesias, por exemplo. Se o primeiro se propõe a instruir e o segundo a entreter, não faz sentido que sejam lidos do mesmo modo. Essa é a premissa básica de Faguet. A partir daí, artes de leitura específicas para cada tipo de livro são destrinchadas. Livros de poesia, por exemplo, devem ser lidos primeiro em voz baixa, 'para que compreendamos seu pensamento', e em seguida em voz alta, 'para que o ouvido se dê conta da cadência e da harmonia'. Já uma peça teatral requer do leitor uma considerável capacidade de abstração, que pode ser obtida com idas ao teatro. Por outro lado, um livro de crítica literária nunca deve ser lido antes do livro criticado - ler um crítico antes do autor significa ler com olhos de outrem. Esses são apenas exemplos dos tipos de livros relacionados por Faguet, que não descarta nem a leitura de livros ruins, mesmo que seja apenas por pura diversão ou apuração do senso crítico.
A única
técnica comum a todos os tipos de livro é, de acordo com o autor, ler devagar e
reler sempre que possível. Assim, a capacidade de compreensão do texto é
potencializada e, através da leitura lenta, identifica-se, inclusive, qual
livro deve-se ler e qual só foi feito para não ser lido. Nada pode ser mais
útil atualmente, quando não há espaço para perda de tempo.
A arte de ler trata, sobretudo, do gosto pela
leitura, de técnicas que servem, simplesmente, para que todo prazer decorrente
dessa atividade seja aproveitado ao máximo.
Autor:
Charles Kiefer
Editora:
Leya
Um livro que desvenda o processo criativo da
escrita e orienta o leitor sobre como realizar o seu sonho de se tornar
escritor. Muitos buscam ensinar como escrever, mas dentre eles, poucos os que
realmente alcançaram, na prática, êxito literário. Escritor consagrado,
publicado também na França e em Portugal e ganhador de diversos prêmios
(inclusive dois Jabutis), Charles Kiefer, nesta obra, repete na escrita a forma
de atuação do escritor-professor em sala de aula. As variadas facetas do
processo criativo, os mecanismos de funcionamento do sistema literário e os
problemas éticos e sociais da vida autoral são discutidos com rigor e ternura.
Autora:
Nina Sankovitch
Editora:
Leya
Um desafio - ler um livro por dia durante um ano.
Essa foi a promessa que Nina Sankovitch fez a si mesma. Após perder a irmã mais
velha para o câncer, e embora precisasse cuidar dos quatro filhos e lidar com
os percalços que fazem parte do cotidiano de uma grande família, Nina cria uma
jornada para si mesma - ler um livro por dia durante um ano inteiro. Nesse
verdadeiro sonho literário, a heroína descobrirá que o ano de leitura mágica
mudará tudo ao seu redor e que os livros são uma ótima terapia. 'O ano da
leitura mágica' também conta a história da família Sankovitch - o pai de Nina,
que escapou da morte por um triz na Bielo-Rússia durante a Segunda Guerra
Mundial; os quatro ruidosos filhos, que lhe recomendavam livros ao mesmo tempo
que a ajudavam a cozinhar e a limpar a casa; e Anne-Marie, sua irmã mais velha
e inspiração, com quem Nina compartilhou os prazeres da leitura, mesmo em seus
últimos momentos de vida.
Autor:
John Harding
Editora:
Casa da Palavra
Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que
parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como
um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e
inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e
desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da
mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela
casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence
sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que
esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa
reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender
seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e
confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo
literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com
muita imaginação?
Autor:
Umberto Eco
Editora:
Cosac Naify
Quando o grande teórico Umberto Eco resolveu se
aventurar na ficção, era um jovem romancista de quase cinquenta anos. Com mais
de setenta, ele volta seu experiente olhar de linguista, filósofo e estudioso
da Idade Média para seus próprios romances. Sem deixar nenhum detalhe de fora e
com estilo claro e acessível, Eco revela todos os segredos envolvendo a
construção de livros como O nome da Rosa e O Pêndulo de Foulcault, ao mesmo
tempo em que discute questões universais relacionadas à criação da trama e dos
personagens e especialmente ao híbrido de ficção e ensaio, com o qual se
notabilizou, em que figuras históricas convivem com seres nascidos da
imaginação.
Autora:
Francine Prose
Editora:
Zahar
É possível ensinar a um escritor o seu ofício? A
questão é polêmica, especialmente quando proliferam cursos de graduação e de
extensão com essa proposta. Escritora e crítica literária, Francine Prose
defende que, sim, há muito o que aprender com os mestres. Virginia Woolf, Jane
Austen, Nabokov, Philip Roth e Flaubert são alguns dos autores a quem dedica
uma leitura atenta e cuidadosa, em busca do segredo do 'escrever bem'. De cada
um, extrai valiosas lições. Uma obra indispensável para escritores iniciantes e
leitores inveterados!
Por que
Ler os Clássicos
Editora:
Companhia das Letras
O que é um clássico? E por que lê-lo? Este livro
fornece várias respostas a essas perguntas, algumas consensuais, outras
polêmicas, mas todas certamente enriquecedoras. Em verdadeiro trabalho de
ourivesaria, Calvino desentranha as diversas facetas do que seja um clássico,
para depois iluminar com uma leitura penetrante seus próprios clássicos, ou
seja, alguns dos autores mais importantes da tradição literária e intelectual
do Ocidente. 'Por que ler os clássicos?' A razão definitiva que Calvino dá a
essa pergunta é tão simples como as grandes verdades - a única justificativa
que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não os ler.
Autora:
Delia Lerner de Zunino
Editora:
Penso
Este é um livro aberto, inacabado, questionador,
feito para a interlocução. A pertinência desses textos é inegável. Todos eles
estão centrados na compreensão e na transformação da prática docente em alfabetização
em educação básica. Este livro testemunha um esforço constante para analisar as
mudanças nas práticas docentes e teorizar sobre as ações necessárias para que
tais mudanças ocorram. Em sua reflexão, a autora incorpora fortemente o
pensamento francês de uma corrente conhecida como didática da matemática, cujos
representantes principais, citados por ela mesma, são Brousseau e Chevallard.
Ela atualiza conceitos fundamentais dessa corrente de pensamento como o de
contrato didático e o de transposição didática, tratando, no entanto, de
encontrar sua própria especificidade no caso da língua escrita.
Leitura,
Escrita e Pesquisa em Letras
Editora:
Mercado de Letras
Os autores que assinam este
livro fazem parte de um grupo que há mais de vinte anos - sob variadas formas -
vêm falando e escrevendo contra a prática universitária que adota o
procedimento reprodutivo como modus operandi, reduzindo o professor em formação
e aquele que já está no exercício da docência à condição de porta-voz de conhecimentos
produzidos por terceiros.
São vários os enfoques utilizados pelos autores para demonstrar como o processo de formação inicial, em diferentes cursos de graduação em Letras, leva à constituição de um sujeito pouco autônomo com relação à produção de um conhecimento próprio acerca do ensino da linguagem.
O leitor encontrará, em
todos os textos, de forma explícita ou implícita, a defesa de que é necessário
questionar a universidade como lugar que forma o professor de língua portuguesa
e também como produtora de discursos sobre essa formação.
O eixo central das
discussões é, portanto, a constituição do professor como sujeito de
conhecimento, pois a formação que lhe permite assumir tal posição, certamente,
precisa dar-se sob-bases que se compõem, de um lado, por amplo referencial
teórico e metodológico, de modo a dar-lhe a possibilidade de escolher dentre as
várias opções que são oferecidas durante o curso e, de outro lado, de
experiência investigativa, que o prepare para assumir o conhecimento específico
por critérios que venham culminar na sustentação de um discurso no qual possa
reconhecer os próprios anseios profissionais e interesses de reflexão.
Olá! Muito obrigado pela dica. Vou dar uma olhada no livro indicado. Beijos.
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