Dia 22 de abril comemora-se o Dia do Descobrimento do Brasil. E o Tomo Literário preparou uma lista de livros que falam sobre momentos da história do Brasil. Confira as sinopses divulgadas por editoras.
Autor: Sérgio Buarque de Holanda
Editora: Companhia das Letras
Nunca será
demasiado reafirmar que "Raízes do Brasil" inscreve-se como uma das verdadeiras
obras fundadoras da moderna historiografia e ciências sociais brasileiras.
Tanto no método de análise quanto no estilo da escrita, tanto na sensibilidade
para a escolha dos temas quanto na erudição exposta de forma concisa, revela-se
o historiador da cultura e ensaísta crítico com talentos evidentes de grande
escritor. A incapacidade secular de separarmos vida pública e vida privada,
entre outros temas desta obra, ajuda a entender muito de seu atual interesse. E
as novas gerações de historiadores continuam encontrando, nela, uma fonte
inspiradora de inesgotável vitalidade. Todas essas qualidades reunidas fizeram
deste livro, com razão, no dizer de Antonio Candido, "um clássico de
nascença".
Autor: Mário Magalhães
Editora: Companhia das Letras
Cuidado,
que o Marighella é valente, disse Cecil Borer, diretor do Dops do Rio, antes de
despachar uma equipe para capturá-lo em seguida ao golpe de 64. Depois de nove
anos de apuração, chega às livrarias a aguardada biografia de Marighella, o
guerrilheiro intrépido, bem-humorado e sedutor. Seu autor é o premiado
jornalista Mário Magalhães, por muitos anos repórter especial e ombudsman da
Folha de S. Paulo.
A narrativa percorre a vida, a obra e a militância do controverso mulato baiano que foi deputado federal, poeta e estrategista da guerrilha no Brasil. Passagens pela prisão, resistência à tortura, assaltos a bancos (e a um trem pagador), tiroteios, espionagem internacional, tudo é apresentado em ritmo de thriller, com revelações desconcertantes.
A biografia de Carlos Marighella (1911-69) é também um livro sobre a história política entre as décadas de 1930 e 60. Por isso, figuras como Fidel Castro, Getúlio Vargas, Carlos Lamarca, João Goulart, Che Guevara, Luiz Carlos Prestes, Carlos Lacerda e Olga Benario aparecem como coadjuvantes de luxo.
Vigiado pela CIA e monitorado pelo KGB, Marighella conseguiu se manter ativo ao longo de seus quase quarenta anos de militância, mesmo quando procurado internacionalmente. No mundo inteiro, personalidades o apoiaram, como Jean-Paul Sartre, Glauber Rocha, Jean-Luc Godard, Augusto Boal, Joan Miró e Luchino Visconti. Em paralelo ao trabalho de campo, Marighella publicou livros e textos que se tornaram clássicos em dezenas de idiomas, como o Minimanual do guerrilheiro urbano.
Autor: Lira Neto
Editora: Companhia das Letras
“Em uma das
páginas de seu Diário, escrito entre 1930 e 1942, Getúlio Vargas anotou: ‘gosto
mais de ser interpretado do que de me explicar’. Essa observação parece ser um
desafio irônico para quem buscasse entendê-lo, em vida ou ao longo da história.
Lira Neto está entre os autores que aceitaram o desafio. Seu livro contribui
significativamente para a compreensão do personagem que, para bem ou para mal,
foi a maior figura política do Brasil, no século XX. Este primeiro volume da
trilogia Getúlio vai do nascimento de Vargas à sua ascensão ao poder, no bojo
da revolução de 1930. O estilo jornalístico do autor resulta num texto fluente,
que evita, ao mesmo tempo, os recursos fáceis e a banalidade. Com base numa
impressionante pesquisa, Lira Neto narra, com brilho e riqueza de detalhes, a
história da vida pessoal e da vida pública de Getúlio, dos tempos do Rio Grande
do Sul à entrada na cena política da Capital da República.” Boris Fausto.
Getúlio 1930-1945 - do Governo Provisório À Ditadura do
Estado Novo
Autor: Lira Neto
Editora: Companhia das Letras
Reconstituindo
os mandatos de Getúlio no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório
(1930-4), presidente constitucional (1934-7) e, por fim, ditador (1937-45), bem
como os meandros de sua vida privada, a segunda parte da biografia monumental
demonstra a astúcia calculista do gaúcho de São Borja em sua plenitude. Livre
das amarras da “carcomida” Constituição de 1891, Getúlio procurou estabelecer
uma agenda nacionalista e estatizante de desenvolvimento socioeconômico
enquanto, no plano político, engendrava complicadas maquinações palacianas para
manter opositores e apoiadores — entre comunistas e militares, camisas-verdes e
sindicalistas — sob a égide de sua autoridade pessoal. A Revolução
Constitucionalista de 1932, a “intentona” comunista de 35 e o putsch
integralista em maio de 38, fragorosamente derrotados pelo governo, foram os
mais sérios desafios à perpetuação de Vargas no Executivo federal. Por outro lado, a eleição indireta
e a Constituição de 1934, além do golpe de mão do Estado Novo, simbolizaram os
momentos de triunfo inconteste do poder getulista.
No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista. Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis.
Amparado pela máquina de propaganda do famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o caudilho se tornou um mito popular, status que preservou mesmo após a humilhante deposição em 1945. “Pai dos pobres” ou déspota do populismo, Getúlio e sua primeira passagem pelo Catete ainda hoje inflamam os seguidores e críticos de seu contraditório legado histórico.
No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista. Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis.
Amparado pela máquina de propaganda do famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o caudilho se tornou um mito popular, status que preservou mesmo após a humilhante deposição em 1945. “Pai dos pobres” ou déspota do populismo, Getúlio e sua primeira passagem pelo Catete ainda hoje inflamam os seguidores e críticos de seu contraditório legado histórico.
Autor: Lira Neto
Editora: Companhia das Letras
Na terceira e última parte da consagrada
série biográfica sobre Getúlio Vargas, Lira Neto reconstitui os acontecimentos
políticos e pessoais mais importantes dos anos finais do ex-presidente. Entre a
deposição por um golpe militar, em outubro de 1945, e o suicídio, em agosto de
1954, o livro revela como a história do Brasil se entrançou com a vida de
Getúlio, inclusive enquanto afastado do poder. “Entrei para o governo por uma revolução, saí por
uma quartelada”, lamentou-se Getúlio Vargas numa carta enviada de seu exílio
rural em São Borja (RS), em novembro de 1945, ao amigo e correligionário João
Neves da Fontoura. Depois de quinze anos no Palácio do Catete, emendando na
sequência da Revolução de 1930 a chefia dos governos provisório e
constitucional e a ditadura do Estado Novo, Getúlio fora obrigado a se retirar
para sua região natal, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, pelos mesmos
militares que haviam apoiado seu projeto nacionalista de poder.
História do Brasil
Autor: Boris Fausto
Editora: Edusp
Cobrindo um
período de mais de quinhentos anos, desde as raízes da colonização portuguesa
até nossos dias, Boris Fausto narra aqui os fatos mais importantes da história
brasileira. Ao analisar minuciosamente as grandes linhas de força que indicam o
sentido de nossa formação, o autor detém-se no estudo de instituições
fundamentais, como o sistema colonial, o sistema escravista e os regimes
autoritários do século XX, dando ênfase às práticas sociopolíticas, sem deixar
de enfrentar questões polêmicas, como as razões do abandono da escravidão dos
índios pelos portugueses e a opção pelos africanos; a manutenção da unidade
territorial brasileira em contraposição à fragmentação das colônias espanholas;
ou ainda a difícil transição do regime autoritário para o democrático, nas
últimas décadas. Dessa forma, esse livro oferece ao leitor orientação segura no
estudo de nossa história, mantendo, ao mesmo tempo, uma postura aberta às suas
diferentes interpretações.
O que o Brasil quer quando crescer?
Autor: Gustavo Ioschpe
Editora: Paralela
Os artigos
reunidos em 'O que o Brasil quer ser quando crescer?' procuram estabelecer um
novo paradigma para a discussão sobre educação e desenvolvimento. Deixando de
lado as discussões filosóficas e ideológicas, Gustavo Ioschpe pretende traçar
um vasto panorama sobre o sistema educacional brasileiro, sempre embasado no
conhecimento formal e na literatura empírica sobre o tema. 'O que o Brasil quer
ser quando crescer?' visa desmistificar uma série de 'verdades', como por que
aumentar o salário dos professores ou o volume de investimento em educação não
levará a uma melhora da qualidade do ensino no país.
A Carne e o Sangue – A imperatriz D. Leopoldina, D. Pedro I e Domitila, a Marquesa de Santos Autora: Mary Del Priore
Editora: Rocco
Dividido entre uma princesa pura, leal e sofredora e uma mulher independente, forte e fogosa, Dom Pedro I viveu, paralelamente às convulsões que tornariam o Brasil independente de Portugal, uma via pessoal igualmente complicada.
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