“As Minas de Salomão”, de Henry Rider Haggard
foi originalmente escrito em 1885. A história se passa na África, onde estariam
escondidas as minas de diamantes que dão nome ao livro. George Curtis parte
para encontrar tais minas, no entanto desaparece. Henry, seu irmão, decide ir a
sua procura e seleciona uma equipe.
Allan Quartemain que é caçador de elefantes e
explorador, John Good que é capitão e o africano Umbopa, um servo que acompanha
os outros e que possui uma personalidade misteriosa, se lançam numa aventura em
busca do fabuloso tesouro escondido. Quartemain é o personagem que narra o livro.
Inicia a introdução assim:
“Agora
que este livro está impresso, e em vésperas de correr o mundo largo, começa a
pesar fortemente sobre mim a desconfiança de que, para ele ser aceitável, muito
lhe falta como estilo e como história”. Escreve isso e pede benevolência ao leitor,
porque afirma que está “mais habituado a
manejar a carabina do que a pena”.
A obra de Henry Rider Haggard pode ser
considerada a primeira ambientada no continente africano e, além disso, é o
livro precursor daqueles que tratam de “mundos perdidos”. A aventura de
Quartemain e do grupo é instigante e tem até mesmo passagens cômicas e
situações inusitadas que vivem.
Eles entram no Reino dos Kakuanas e passam
por situações adversas, incluindo a escassez de alimento, o frio extremo (como
na passagem em que estão nas montanhas chamadas de Seios de Sabá), enfrentam a
sede e se deparam com pessoas que podem matá-los (para as quais fingem ter
poderes sobrenaturais).
O livro também foi inspiração para o filme de
mesmo nome e até o brasileiro Raul Seixas tem uma música chamada “As Minas de
Salomão” (cujo título faz alusão ao livro, mas que não reflete a história
propriamente dita). Escavações próximas ao Rio Jordão, dão por certa a
possibilidade da existência das “Minas do Rei Salomão”, mas há uma questão de
cunho religioso que não convém adentrarmos por não ser esse o foco.
Falemos do livro.
É uma tradução de Eça de Queiroz e a
história, por ser um clássico, já seria por si engrandecedora. Saber sobre a
importância desse livro para a história da literatura é ainda mais apaixonante.
Convém frisar que requer uma leitura atenta pela forma como as palavras são
colocadas e, ainda, pelo uso de expressões pouco usuais nos dias atuais ou
terminologias que se referem à língua dos kakuanas (tribo africana do livro).
Mas, por outro lado, isso também se torna interessante no livro. Ver a língua
colocada de maneira mais formal é de certo modo uma maneira de exercitar a
nossa língua pátria e buscar compreendê-la em suas derivações.
“As Minas de Salomão”, publicado pela Cofina
Media em 2011, é um ótimo livro. Recomendo a leitura.
Ficha Técnica
Título: As Minas de Salomão
Escritor: Henry Rider Haggard
Editora: Cofina Media
ISBN: 978-972-8996-73-4
Edição: 1ª
Número
de Páginas:
253
Ano: 2011
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