Doug Parker é um homem de 29
anos, que tornou-se viúvo. De luto, ele tem um enteado (Russ), adolescente e
cheio de problemas de comportamento. Sua irmã gêmea, Claire, está em processo de
separação e ficou grávida. Sua irmã mais nova vai casar com um homem que ele
não gosta e que conheceu no dia da morte de sua esposa. Seu pai sofreu um
acidente vascular cerebral e não lembra de muita coisa. Sua mãe vive como se estivesse num palco. Sua
vizinha o seduz. Um editor quer que ele escreva um livro a partir de uma coluna
que tem no jornal falando sobre sua viuvez e seu luto. Coelhos ficam pelo
jardim da casa, e ele os detesta.
O livo de Jonhathan Tropper,
“Como Falar com um Viúvo”, publicado em 2010
pela Editora Sextante, conta em suas 270 páginas a história inusitada desse viúvo. Todos
que o cercam querem que ele saia do luto, até pelo fato de já ter decorrido um
ano.
“(...) Acontece que as
pessoas se tornam possessivas em relação à própria dor, quase orgulhosas.
Querem acreditar que a dor delas é diferente da dor dos outros. Mas, na
realidade, é exatamente igual.”
Doug não quer se forçar a
nada, quer viver o momento com as lembranças ao lado de sua amada. Ele ainda lembra o
tempo todo de Hailey, que morreu num trágico acidente de avião.
Para curar a ferida ele escreve uma coluna que leva o título do livro. Doug
relata suas dificuldades com a perda e vira sucesso.
Vivendo momentos em que tem
que agir como pai (padrasto) de Russ, receber sua irmã em casa e lidar com
alguns relacionamentos que tem com algumas mulheres e outros divertidos e
desastrosos encontros e desencontros, ele se vê filosofando sobre tudo que vive
e viveu. Mas sobretudo, Doug é levado a viver (de novo). Mesmo sem querer embarcar na superação de seu luto, com o tempo passando e as inusitadas histórias que vai vivendo ele se vê, indiretamente, superando a morte. Tudo acontece sem planejamento, sem direção,
sem sonhos, já que sua vida escapa de seu controle.
“(...) Mais dia, menos dia,
a vida joga todos no chão. Depois nos levantamos de novo e fazemos algumas
mudanças, porque é assim que agimos. Nós nos adaptamos. E, quando conseguimos
nos adaptar, ficamos mais preparados para sobreviver.”
A história é engraçada, com
passagens inusitadas de episódios familiares, com diálogos irônicos e mordazes. Apesar da irreverência traz mensagem sobre superação e amor.
Comprei o livro sem muita
expectativa. Não tratava-se de um título renomado ou bastante falado, não
conhecia o autor, mas estava num bom preço e o título me pareceu cômico, e chamou a ateção. Li a sinopse e achei interessante. Dei a chance ao livro, e a mim, comprei e gostei da trama. É divertido, inusitado e
inteligente.
Boa leitura!
Ficha Técnica
Título: Como falar com um
viúvo
Escritor: Jonathan Tropper
Editora: Sextante
ISBN: 978-85-99296-2
Edição: 1ª
Ano: 2010
Número de Páginas: 270
Assunto: Ficção americana
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.