Harlan Coben é um escritor americano que vendeu mais de cinqüenta
milhões de livros em todo o mundo. O primeiro contato que tive com a obra do
escritor foi ao adquirir e ler “Confie em mim”, que me cativou. Na sequência li
“Desparecido para sempre” e “Não conte a ninguém” foi o terceiro título que li
do autor.
O médico David Beck e sua esposa comemoravam o
aniversário de seu primeiro beijo, como faziam todos os anos. Os dois foram
surpreendidos e atacados. Elizabeth fora raptada e assassinada por um assassino em série, KillRoy. David foi golpeado na cabeça com um taco de beisebol, perdeu o
sentido e caiu no lago.
“O pânico aflorou. Pulei da balsa e nadei em direção ao
píer. Mas minhas braçadas faziam um barulho terrível em meus ouvidos. Eu não
conseguia ouvir o que estava acontecendo – se é que algo estava acontecendo.”
A história do crime ocorrido à oito anos volta a tona em
decorrência do encontro de dois corpos. Ambos estavam enterrados num local
próximo ao do assassinato de Elizabeth e, junto aos corpos, foi encontrado
ainda um taco de beisebol com sangue do mesmo tipo do de David. Enquanto isso Beck
recebe um e-mail com uma mensagem em código. Algo o leva a pensar que a
mensagem só poderia ter sido enviada por Elizabeth.
“(...) no rodapé da tela, mais seis palavras.
Estão observando. Não conte a ninguém.”
As referências mencionadas nesse e-mail e em outras
mensagens que se seguiram levam o médico a crer que Elizabeth está viva, pois
só o casal conhecia tais detalhes.
Embora o serial killer esteja preso pela morte de
Elizabeth e de suas outras vítimas, David Beck agora torna-se suspeito de ter
matado a própria esposa. O FBI o monitora. Além da polícia ele passa a ser
caçado por um assassino de aluguel.
Para Beck desvendar a intrigante dúvida que paira sobre
os acontecimentos acerca da morte de sua esposa, ele conta apenas com ajuda de
sua melhor amiga Shauna, de uma advogada renovada chamada Hester Crimstein e de
um traficante de drogas. Outros crimes e criminosos cruzarão o caminho de David
Beck em dura jornada pela verdade. Ele será capaz de provar sua inocência?
As suspeitas de que Elizabeth está viva deixam Beck
atordoado. Como justificar que ela está viva se seu pai reconheceu o cadáver?
Como foi que ele conseguiu escapar vivo se havia levado uma forte pancada que o
deixou sem sentidos? Se ela estava viva, por que demorou oito anos para
fazer contato? Se ela estava morta, por que querem acusá-lo se o assassino já
foi condenado? Quem está por traz das mensagens que recebe? Por que pediram
para não contar a ninguém?
“Eis a verdade sobre as tragédias: elas fazem bem à
alma.” É com essa frase que o médico abre um dos capítulos, o que demonstra que
apesar de todos os obstáculos e obscuridades que se colocam diante dele, ele se
vê melhorando, aprendendo, se tornando um ser humano melhor. Beck certamente
não há de se render diante dos fatos que se apresentam diante dele. E as revelações podem ser chocantes.
“Não conte a ninguém” é um livro que nos prende. Os
conflitos vividos pelo personagem central, o suspense criado por Coben, os
mistérios e segredos que vão surgindo e se revelando ao longo da narrativa, além dos
crimes que se sobrepõe ao crime principal, criam um ambiente de suspense
perfeito.
Não é a toa que o livro foi bastante aclamado em 2001
tendo sido indicado para vários prêmios. Até a produção cinematográfica
francesa inspirada no livro foi vencedora de quatro Cesars (o Oscar francês).
Sem dúvida, a publicação da Editora Arqueiro só reforça o fato de que Harlan
Coben é um grande escritor. Coben entrou para a minha lista de escritores
favoritos.
Ficha
Técnica
Título:
Não conte a ninguém
Escritor:
Harlan Coben
Editora:
Arqueiro
ISBN:978-85-8041-079-2
Edição:
1ª
Ano:
2014
Número
de Páginas: 240
Assunto:
Ficção Americana
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