Li um livro de Língua Portuguesa, mais especificamente, sobre o uso da acentuação gráfica, que faz parte de uma série elaborada para entender o nosso idioma pátrio. Apesar de ser a nossa língua mãe, muitas vezes, nos deparamos com armadilhas, portanto é sempre bom rever e aprender um pouco mais acerca do nosso idioma.
Foi no livro, que me deparei com uma definição bastante original, de autoria do escritor português José Saramago. Faço questão de transcrever e compartilhar com vocês que acessam o nosso blog.
"As palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpas. As palavras queimam. As palavras acariciam. As palavras são dadas, trocadas, oferecidas, vendidas e inventadas. As palavras estão ausentes. Algumas palavras sugam-nos, não nos largam; são como caraças (=máscaras), vêm nos livros, nos jornais, nos slogans publicitários, nas legendas dos filmes, nas cartas e nos cartazes. As palavras aconselham, sugerem, insinuam, ordenam, impõem, segregam, eliminam. São melífluas ou azedas. O mundo gira sobre palavras lubrificadas com óleo da paciência. Os cérebros estão cheios de palavras que vivem em boa paz com as suas contrárias e inimigas. Por isso as pessoas fazem o contrário do que pensam, julgando pensar o que fazem. Há muitas palavras."
Referência bibliográfica
CADORE, Luiz Agostinho. Uso da Acentuação Gráfica. 1ª edição. São Paulo: Manole, 2008.
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