Certamente você ouviu falar de algum livro que tenha um animal como personagem e que tenha sido sucesso nas livrarias. Por meio dos autores, os animais ganharam voz e imortalizaram suas histórias em narrativas de ficção ou em relatos verídicos (com uma pitada de fantasia humana, naturalmente). Foi inspirado nestes volumes que montei a lista de dez livros, cujos protagonistas são cães, gatos ou outros bichos. Confira abaixo a sinopse dos volumes.
Você irá rir, se emocionar e se surpreender com este livro. John Grogan
sabe que as jornadas que pessoas e cachorros enfrentam juntos são um reflexo de
nossa própria humanidade e das alegrias e tristezas, dos altos e baixos de
nossas vidas. Marley é um grande e inesquecível cão, e nas mãos de um escritor
observador, realista e objetivo como Grogan, esta é uma jornada ao mesmo tempo
humana e canina que os amantes de cães adorarão viver. O livro é uma lição de
amor incondicional e já teve adaptação para o cinema.
Ediouro, Ano 2008, 304
páginas
A história de uma família contada sob a visão do dócil e sábio Enzo, um
cachorro com alma humana. Enzo foi criado assistindo a programas no canal
"National Geographic" e aprendeu que todo cachorro que morre, se
estiver preparado, reencarna como ser humano. Em um flashback de sua
vida, Enzo relembra momentos de ternura, amor, injustiça e traição que
presenciou na vida de seu dono Denny. Ele aprendeu a administrar a vida como
numa corrida de carros, onde nem sempre a velocidade é a melhor estratégia. E
agora tudo o que deseja é colocar este aprendizado em prática.
A revolução dos bichos – George Orwell
Companhia das Letras, Ano 2007, 156 páginas
Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes
escritores do século 20, 'A Revolução dos Bichos' é uma fábula sobre o poder.
Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente,
porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.Escrita em plena
Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por
várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente
a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do
Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
De fato, são claras
as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria
Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial,
deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União
Soviética.Com o acirramento
da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua
publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente
nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio
Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação
política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto.
Editora Única, Ano 2014, 288 páginas
Você nunca mais verá os olhos de
um cão da mesma maneira... Depois de ter
sobrevivido a uma tragédia em que vários de seus amigos foram mortos, Lila Elliot
sabe que suas cicatrizes só amenizarão com o tempo. E ela é grata pelo carinho
de sua melhor amiga, que a hospedou em sua casa para que ela não ficasse
sozinha e recebesse seus cuidados. Entretanto, algo em seu coração não consegue
esquecer a tristeza e a dor desse trauma. Até que ela conhece Grace, uma golden
retriever que sofreu abusos e maus tratos, mas que havia sido resgatada por
Adam, um homem de bom coração que não suportou ver um animal tão triste e
sofrido. Lila, que tem verdadeiro pavor de cães desde a infância, terá de
dividir o espaço com Grace. As duas precisam de amor e de tempo para superar
suas tragédias pessoais. Grace mantém distância de Lila, pressentindo o medo
que ela sente. Aos poucos, porém, Lila consegue enxergar pelos olhos de Grace o
amor e a coragem que são tão importantes para seguir em frente. Um romance
apaixonante, sobre os dramas da vida, as incertezas e o amor que chega
inesperadamente.
Universo
dos Livros, Ano 2012, 232 páginas
Nenhum alarme soou no 78o andar da Torre Norte do World Trade Center e ninguém sabia o que
tinha acontecido às 8h46 do dia 11 de setembro de 2001, uma manhã que teria
sido de um dia normal de trabalho para milhares de pessoas. Cego desde o
nascimento, Michael também não via nada naquele dia, mas conseguia ouvir os
sons de vidro estilhaçado, destroços caindo e pessoas aterrorizadas se reunindo em torno dele e de sua
cão-guia. No entanto, Roselle permaneceu calma ao seu lado.Naquele momento,
Michael escolheu confiar nos julgamentos de sua cachorra e não entrar em
pânico. Eles eram uma equipe. Adorável heroína possibilita ao leitor entrar no
World Trade Center segundos após o ataque para vivenciar a experiência de um
homem cego e de sua amada cão-guia na luta pela sobrevivência.
Novo Conceito, Ano 2013, 240 páginas
É uma tarde de outono em Covent Garden,
Londres. Trabalhadores correm para o almoço, turistas brotam de todos os lados
e clientes entram e saem das lojas. No meio de tudo isso está um gato. Usando
um vistoso lenço Union Jack em volta do pescoço e cercado por uma multidão de
30 espectadores de boca aberta, Bob, o gatinho cor de laranja, sorri
timidamente. Próximo a ele, está seu dono James Bowen, com seu violão surrado,
cantando músicas do Oasis. Então, ele para de tocar e se abaixa para Bob: Vamos,
Bob, cumprimente! Bob mexe os bigodes, levanta uma pata e a estende para James.
A multidão assobia. Não é todo dia que se vê um gato sentado, calmamente, no
centro de Londres, aparentemente sem se abalar com o barulho das sirenes, os
carros passando e todo aquele movimento, mas Bob não é um gato comum.
A viagem do elefante – José Saramago
Companhia das Letras, Ano 2008, 264 páginas
"Por muito incongruente que possa parecer...", assim começa o
novo romance - ou conto, como ele prefere chamá-lo - de José Saramago, sobre a
insólita viagem de um elefante chamado Salomão, que no século XVI cruzou metade
da Europa, de Lisboa a Viena, por extravagâncias de um rei e um arquiduque. O
episódio é verdadeiro. Dom João III, rei de Portugal e Algarves, casado com
dona Catarina d'Áustria, resolveu numa bela noite de 1551 oferecer ao
arquiduque austríaco Maximiliano II, genro do imperador Carlos Quinto, nada
menos que um elefante. O animal viera de Goa junto com seu tratador, algum
tempo antes. De início, o exotismo de um paquiderme de três metros de altura e
pesando quatro toneladas, bebendo diariamente duzentos litros de água e outros
tantos quilos de forragem, deslumbrara os portugueses, mas agora Salomão não passava
de um elefante fedorento e sujo, mantido num cercado nos arredores de Lisboa.
Até que surge a idéia mirabolante de presenteá-lo ao arquiduque, então regente
da Espanha e morando no palácio do sogro em Valladolid.
Editora Globo, Ano 2011 ,
144 páginas
Numa manhã de maio de 2000, a advogada Thays Martinez e seu cachorro
Boris saíram de casa para fazer história. Recém-chegados dos Estados Unidos, os
dois tiveram a entrada barrada numa estação de metrô. Motivo: animais não eram
permitidos nas instalações da Companhia do Metropolitano de São Paulo. E os
funcionários da estação não se dobraram nem mesmo ao argumento de que cães-guia
são instrumentos de acessibilidade e autonomia para pessoas com deficiência
visual como Thays, cega desde os quatro anos. Thays, então, moveu uma ação
judicial contra o Metrô e, seis anos depois, conquistou uma histórica vitória
no Tribunal de Justiça de São Paulo, fazendo a própria defesa com Boris a seu
lado. Antes mesmo da decisão judicial que permitiu o acesso de cães-guia ao
Metrô da maior metrópole do país, o caso de Thays e Boris já havia inspirado a
aprovação de duas leis uma estadual, em 2001, e outra federal, em 2005 que
garantem o acesso de cães-guia a todo e qualquer local público e privado de uso
coletivo. A dupla também ficou conhecida graças às várias reportagens de que
foi tema após o incidente, e Boris ainda foi alçado à condição de herói da
inclusão e da acessibilidade. Mas a obra vai muito além da narrativa de um
triunfo da cidadania. No vibrante resgate de suas memórias, Thays aborda,
sobretudo, sua profunda amizade com Boris, uma conexão baseada em confiança e
cumplicidade que deixa como legado uma comovente história de afeto para além da
vida.
Editora Globo, Ano 2008, 272 páginas
A rotina da pacata
cidade de Spencer, Yowa, Estados Unidos, se transforma após Dewey, um gato, ser
encontrado na Biblioteca Pública. A diretora da Biblioteca, que achou o gatinho
na caixa de devolução, resolve contar a história e lança o livro, ‘Dewey, um
gato entre livros’. O livro escrito por Vicki Myron, com colaboração de Bret
Witte, é a história real de um gato que fez da biblioteca – e da cidade de
Spencer- sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos.
Flush: memórias de um cão – Virgínia Woolf
L&PM Editores, Ano 2014, 160 páginas
A obra é a biografia de
um cão que mostra aventuras e mistérios da existência percebidos através dos
olhos do melhor amigo do homem. O personagem central dessa história é um cocker
spaniel de origem inglesa, Flush. Em pleno processo de apreensão do mundo e de
si mesmo, ele ama tanto os raios de sol quanto um pedaço de rosbife, a
companhia de cadelinhas malhadas assim como a companhia de seres humanos, o
cheiro de campos abertos tanto quanto ruas cimentadas e o burburinho da cidade.
A autora tece comentários sobre a sociedade inglesa e vitoriana e seus valores.
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